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Bruxelas, 13 de maio de 2025 — Ao completar cerca de 100 dias como Primeiro-Ministro da Bélgica, Bart De Wever fez um balanço do seu início de mandato, destacando as reformas económicas adotadas pelo seu governo e criticando fortemente a situação orçamental herdada da anterior coligação Vivaldi.

Em entrevista ao jornalista político Martin Buxant, De Wever descreveu o orçamento deixado pelos seus predecessores como “o pior do mundo ocidental”.

O líder da N-VA sublinhou que o acordo governamental alcançado no início do seu mandato contém um pacote de reformas “difíceis, mas indispensáveis” para preservar o modelo social belga. Entre os pontos altos, destacou o chamado “acordo de  Pâques”, que, segundo o governante, demonstra a capacidade do executivo de implementar mudanças estruturais.

“Tenho empatia por quem se preocupa com as mudanças, mas estas reformas são essenciais para mantermos a nossa prosperidade e garantir a viabilidade da segurança social”,

afirmou. De Wever reconhece que o caminho não será fácil e que as medidas em curso não serão suficientes para eliminar completamente o défice público:

“Estamos em dificuldades com o orçamento. Mesmo com toda a boa vontade e reformas, ainda há muito trabalho por fazer”.

A herança orçamental da coligação Vivaldi foi alvo de críticas severas.

“O presente de despedida da Vivaldi foi um buraco orçamental estimado em 45 mil milhões de euros até 2029 — mais de 6% do PIB. A continuar assim, o país estaria à beira da falência”,

 declarou. Para ilustrar a gravidade da situação, comparou o cenário ao do navio Titanic: “E como estamos no Titanic, o esforço exigido é titânico”.

De Wever defende que a maioria das reformas só surtirá efeito a médio e longo prazo, e admite que os resultados não serão visíveis dentro de uma única legislatura.

“A ideia de reverter esta situação em cinco anos é ilusória. Tomar medidas drásticas e imediatas destruiria a economia”, concluiu.

A estratégia do governo, segundo o Primeiro-Ministro, passa por um equilíbrio entre realismo orçamental e responsabilidade social, apostando em mudanças graduais, mas estruturais. Ainda assim, o debate político belga deverá intensificar-se nos próximos meses, com a oposição a questionar o impacto social destas medidas num país onde o pacto social tem sido historicamente um pilar de estabilidade.

 

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