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Vista aérea da aldeia de Sistelo, com casas de telhados vermelhos rodeadas por socalcos verdes em uma paisagem montanhosa.


A Câmara de Arcos de Valdevez aprova concurso para candidatura de projetos de preservação da aldeia de Sistelo, nomeadamente na manutenção de socalcos e garantir uma gestão eficaz de 750 hectares de floresta.

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez aprovou a abertura de um concurso público para a elaboração de um projeto que visa preservar os emblemáticos socalcos da aldeia de Sistelo e garantir a gestão sustentável de 750 hectares de floresta. A iniciativa insere-se na elaboração da proposta do Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) e do Projeto de Carbono Florestal para Sistelo, num investimento base de 74 mil euros.

Reconhecida desde 2017 como Monumento Nacional na categoria de Paisagem Cultural, Sistelo é a primeira paisagem portuguesa com essa distinção. O novo projeto, desenvolvido em parceria entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Sistelo, pretende reforçar a atividade agrícola local, proteger os socalcos e terrenos adjacentes, elementos chave na identidade visual e cultural da aldeia, conhecida como o “Pequeno Tibete Português”.

O plano pretende integrar dois eixos complementares: implementação de um Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais, que permitirá remunerar os agricultores pela manutenção do mosaico agroflorestal e pela adoção de práticas sustentáveis. O segundo eixo será complementar com o Projeto de Carbono Florestal, que abrangerá 750 hectares, dos quais 150 serão destinados à reflorestação e 600 à gestão ativa da floresta.

Segundo a autarquia, estas ações pretendem conservar o património agrícola e paisagístico de Sistelo, aumentar a resiliência do território ao risco de incêndio e criar novas fontes de rendimento através da comercialização de créditos de carbono e dos pagamentos por serviços ambientais.

Com esta iniciativa, a Câmara de Arcos de Valdevez reforça o seu compromisso com a proteção ambiental, o desenvolvimento sustentável e a valorização do território, consolidando o papel de Sistelo como um exemplo nacional de harmonia entre natureza, agricultura e comunidade.


 



 

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