Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades Portuguesas - Crónicas
segunda-feira, 11 dezembro 2023

OBSCENIDADES

Dez. 10, 2023 Hits:244 Crónicas

CAIU A PERFORMANCE DOS AL…

Dez. 05, 2023 Hits:227 Opinião

O viciante negócio das a…

Nov. 30, 2023 Hits:507 Opinião

Em Loulé

Nov. 29, 2023 Hits:972 Apontamentos

FERREIRA DO ZÊZERE

Nov. 27, 2023 Hits:507 Crónicas

Portugal: António Costa…

Nov. 22, 2023 Hits:356 Opinião

Em Faro

Nov. 22, 2023 Hits:1401 Apontamentos

TERRA MORNA

Nov. 21, 2023 Hits:728 Crónicas

LENDA DO RIO LIMA

Nov. 20, 2023 Hits:119 Crónicas

Um Conselho de Amigo

Nov. 18, 2023 Hits:967 Opinião

Vivemos num mundo onde as palavras e as acções obscenas parecem ter perdido o seu verdadeiro significado. Vivemos num mundo onde as palavras e as acções obscenas parecem ter perdido o seu verdadeiro significado. Têm muito pouco de obsceno. O verdadeiro obsceno não está nas palavras ou gestos, mas sim na realidade que muitos são forçadas a enfrentar diariamente.

A obscenidade reside nos dias actuais, na vida difícil e cruel que tanta gente é obrigada a viver. A miséria, a fome, a guerra, a crueldade, a traição, o genocídio, a opressão, a injustiça, tudo isto é obsceno. É uma realidade que nos choca e nos entristece.

É obscena, a imposição de certas normas sobre a forma como devemos viver as nossas vidas. Sentimo-nos aprisionados por regras que não escolhemos, que são impostas por alguns em detrimento dos desejos e vontades de muitos, o não termos a liberdade de viver a vida que desejamos, de ter o trabalho que queremos, de nos deslocarmos para onde queremos, de ouvir a música que gostamos, de comer o tipo de comida que preferimos, o não termos livre arbítrio sobre as nossas próprias vidas.

A obscenidade está presente em inúmeros aspectos da sociedade. Por trás de uma fachada de progresso e modernidade, encontramos uma realidade sombria e desconcertante.

É ainda e também obsceno, o possuir riqueza individual imensa, quando tanta gente morre de fome, o fabrico de armas para alimentar guerras, a falta de empatia para com os mais desfavorecidos, a deslealdade dos governantes para com o seu povo, o lucro baseado na corrupção, o tempo de miséria, fome, guerra, crueldade e deslealdade, que nos são quotidianos, o acto de trair a confiança do outro, assim como os genocídios e opressões que ainda ocorrem, a injustiça que prevalece em tantas esferas da sociedade e o desespero que consome tantas vidas, o matar em nome da religião, a calamidade que nos rodeia, assim como as superstições atávicas, a imposição de ideias retrógradas e controladoras e as formas modernas de inquisição, que cria um ambiente de medo e silencia qualquer voz discordante, o ter quem mande em quem manda em nós, sem que tenha sido eleito ou sujeito a sufrágio, e, no mundo que outrora era decidido pelas cores das bolas de pedra e ganhava a que simbolizava a luz, ter passado a vencer a da sua ausência.  

Num mundo regido pela lógica do poder e do lucro, e pelas agendas daqueles que detêm as rédeas, a noção de liberdade individual é distorcida e, muitas vezes, ignorada. A verdadeira obscenidade não se encontra nas palavras maliciosas ou nos gestos considerados impróprios, e é importante não ficar indiferente a tudo o que se passa, bem escondido à vista de todos. Devemos lutar contra essas injustiças e trabalhar para criar uma sociedade mais justa e equilibrada. Devemos combater o desaparecimento dos nossos valores, que nos são impostos, e lutar pela nossa liberdade de escolha e de expressão.

É através da empatia e da solidariedade que podemos superar a obscenidade da nossa realidade atual. Cada um de nós tem o poder de fazer a diferença, de se posicionar e de lutar por uma sociedade mais equilibrada.

É um erro aceitar este estado de coisas como uma realidade inevitável. Devemos trabalhar para construir um mundo onde cada indivíduo tenha o direito de viver a vida que deseja, de forma livre e autêntica. Está na hora de enfrentar a verdadeira obscenidade que nos rodeia, e a que nos querem impor, e trabalhar incansavelmente para alcançar uma realidade onde a justiça, a igualdade e o respeito mútuo sejam a norma e os nossos valores, e onde a obscenidade seja apenas uma memória do passado.

Cada um de nós tem de ser a mudança que queremos ter. Neste cenário obscuro, encontraremos uma luz de esperança. Aqueles que ousam desafiar as imposições e lutar por um mundo mais justo são a voz da resistência, as pessoas que se recusam a aceitar a obscenidade do mundo e procuram uma mudança verdadeira, através da empatia, compaixão e solidariedade.

 

José Fernando Magalhães

“- Por decisão do autor, este artigo encontra-se escrito em Português, e não ao abrigo do «novo acordo ortográfico».”

 

 

Partilhe o nosso conteúdo!

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

Temos 367  pessoas que estão a ver esta página no momento, e 0 membros em linha

Top News Embaixada

EVENTOS ESTE MÊS

Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

News Fotografia

Foto: Castelo de Neuschwanstein - Wikipedia
 
 
0
Partilhas
0
Partilhas