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Foto: ©Tony Da Silva


Por razões de segurança, a maioria dos militares belgas irá desfilar com o rosto tapado no desfile do 21 de Julho. A medida visa proteger os soldados face a ameaças tecnológicas e à guerra híbrida.

Bruxelas, 15 de julho de 2025 – No próximo 21 de Julho, durante o tradicional desfile militar que assinala a Festa Nacional da Bélgica, a maioria dos militares belgas irá desfilar com o rosto coberto. A decisão, tomada pelo Ministro da Defesa, Theo Francken, visa reforçar a proteção dos soldados frente aos riscos crescentes associados à vigilância digital e à inteligência artificial.

“Há muita inteligência artificial, muita supercomputação, e é absolutamente necessário termos mais proteção em torno das nossas forças armadas”, declarou o ministro. “É uma medida essencial para garantir a segurança das nossas tropas.”

Até agora, esta medida estava reservada apenas às unidades de elite, mas foi agora alargada à generalidade dos efetivos. A decisão, tomada há já alguns meses, tornou-se visível recentemente aquando da partida do Rei para o Chile, no aeroporto militar de Melsbroek, onde os militares destacados já estavam mascarados.

No entanto, a medida tem sido alvo de críticas. O principal sindicato militar belga considera a decisão excessiva. “Estamos a cair um pouco na paranoia”, afirmou Philippe Sion, delegado permanente da ACMP-CGPM. “Não compreendo esta escolha de fazer os nossos militares desfilar com o rosto tapado. Ontem mesmo, vi os militares franceses no desfile de 14 de julho e nenhum usava máscara.”

Nem todos os militares estarão sujeitos à regra: os cadetes da Escola Real Militar e os altos comandos continuarão com o rosto descoberto. No entanto, como recorda Sven Serré, subcomandante da força terrestre, “já havia unidades que desfilavam com o buff [lenço multifunções]. E, desde 2016, após os atentados, os militares nas ruas já o usavam para não serem totalmente reconhecíveis.”

Face ao atual contexto internacional, marcado pela guerra na Ucrânia e pelas ameaças híbridas, o ministro Francken reforça: “Temos de ser mais prudentes. Estamos a ser demasiado ingénuos.”


 


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