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Foto: Rui Faria Da Cunha


Bruxelas, 12 de junho de 2025 – O governo regional de transição da Região da Capital de Bruxelas solicitou oficialmente às instituições europeias um contributo financeiro adicional para cobrir os custos crescentes da renovação da emblemática Praça Schuman, no coração do bairro europeu da cidade.

Num pedido enviado na última semana aos líderes de cinco instituições da União Europeia — entre eles Ursula von der Leyen, António Costa, Kaja Kallas, Roberta Metsola e Kata Tüttö — os responsáveis políticos locais apelam a um gesto concreto de apoio como "um investimento tangível no reforço da ligação entre a Europa e a sua capital".

“Não terá passado despercebido que estão em curso grandes obras na Praça Schuman”, lê-se na carta, citada pelo Politico, assinada pelo Ministro-Presidente Rudi Vervoort, pela Ministra das Relações Europeias e Ordenamento do Território, Ans Persoons, e pela responsável pelas Obras Públicas e Mobilidade, Elke Van den Brandt.

As obras, iniciadas no outono de 2023 e com conclusão prevista para o verão de 2026, visam transformar a rotunda de Schuman — epicentro simbólico das instituições europeias — num espaço mais moderno, acessível e verde. No entanto, um elemento central do projeto, uma estrutura metálica em forma de cúpula, ameaça provocar um aumento substancial dos custos, criando um défice de cerca de 3 milhões de euros no orçamento disponível.

Em contexto de crise orçamental e instabilidade política — com o governo regional em gestão desde as eleições de junho de 2024 e sem executivo definitivo — os responsáveis alertam que, sem financiamento adicional até 30 de junho, o projeto poderá ser comprometido. Esse é o prazo limite para aprovação do concurso público que permitirá avançar com a construção da cobertura metálica.

“A atual situação orçamental da Região de Bruxelas-Capital, juntamente com o facto de ainda não existir um novo governo plenamente funcional, significa que o projeto poderá estar em risco se não forem dadas garantias rapidamente quanto ao financiamento adicional necessário”, escreveram os ministros.

O governo espera que a UE assuma uma parte desse esforço financeiro, sob pena de a ausência de decisão implicar novos custos adicionais para a cidade.

A Comissão Europeia, por meio da sua porta-voz principal Paula Pinho, confirmou a recepção da carta, mas até o momento ainda não respondeu ao pedido. Os porta-vozes dos três responsáveis políticos regionais optaram por não prestar declarações.

A Praça Schuman, situada entre os edifícios da Comissão Europeia e do Conselho da UE, é um dos principais cartões de visita institucionais de Bruxelas. A pressão para a sua requalificação acompanha a ambição de transformar o espaço num símbolo moderno da Europa — mas para tal, os governos locais precisam do compromisso financeiro das instituições que ali operam diariamente.


Fotos: DR / Tony Da Silva

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