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Bruxelas, 28 de maio de 2025 — As eleições legislativas trouxeram mudanças significativas na representação parlamentar dos portugueses residentes no estrangeiro, com a eleição de quatro deputados que refletem a diversidade política da diáspora.

Os círculos da Europa e Fora da Europa elegeram representantes do PSD/CDS e do Chega, num cenário que confirma uma viragem no perfil do voto emigrante.

Pelo círculo da Europa, José Manuel Fernandes (PSD/CDS) regressa ao Parlamento Nacional, depois de uma longa trajetória política como eurodeputado entre 2009 e 2024. Natural de Vila Verde, no norte do país, Fernandes é engenheiro, ex-presidente de câmara e atual ministro da Agricultura. Reconhecido como especialista em questões orçamentais, promete colocar a sua experiência europeia ao serviço das comunidades portuguesas espalhadas pelo continente.

Já o partido Chega conquista representação em ambos os círculos da emigração, com a eleição de José Dias Fernandes, pela Europa, e a reeleição de Manuel Magno Alves, fora da Europa. Este último considerou os resultados uma “mensagem inequívoca” dos portugueses no estrangeiro contra o que classificou como “modelo socialista”, defendendo a necessidade de representantes com ligação direta à realidade emigrante. “Os portugueses não querem mais socialismo”, afirmou à agência Lusa, sublinhando que a sua eleição traduz a vontade de uma comunidade que “quer ser ouvida por quem conhece a emigração por dentro”.

As críticas foram dirigidas, ainda que de forma indireta, a José Cesário (PSD/CDS), também eleito fora da Europa, figura histórica na área das comunidades portuguesas e antigo secretário de Estado. Em reação, Cesário reconheceu que os resultados revelam “confiança, mas também sinais de alerta” por parte do eleitorado emigrante. Destacou os desafios que persistem, sobretudo entre os lusodescendentes, e defendeu uma abordagem política mais próxima, eficaz e colaborativa.

“A nossa postura deve continuar a ser de diálogo e trabalho conjunto, com todos os partidos que queiram contribuir para um Portugal mais desenvolvido e com uma economia que segure os nossos jovens”, frisou.

A composição dos círculos da emigração neste novo Parlamento revela uma mudança clara no panorama político entre os portugueses fora do território nacional, onde a diversidade ideológica ganha espaço e força. Os próximos anos serão decisivos para perceber até que ponto esta pluralidade se traduzirá em ações concretas em benefício das comunidades espalhadas pelo mundo.

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