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Oeiras, Lisboa, 07 out 2025 (Lusa) - O FC Porto apresentará uma queixa contra Pavlidis, do Benfica, por alegada agressão do avançado grego ao médio espanhol Gabri Veiga, dos ‘dragões’, anunciou hoje o presidente do líder isolado da I Liga de futebol, André Villas-Boas.

“Eu acho mais grave a agressão do Pavlidis do que o penálti [não marcado em tempo de compensação] sobre Deniz Gül. Esse penálti tem de ser ajuizado e, na minha opinião, o videoárbitro (VAR) falhou em toda a linha, porque tinha de chamar o árbitro para analisá-lo. Lamento que não o tenha feito. A agressão do Pavlidis é grave, violenta e poderia ter criado muitos mais dano ao nosso atleta. O FC Porto procederá com uma queixa”, disse.

André Villas-Boas falava aos jornalistas na Cidade do Futebol, em Oeiras, antes da gala anual da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), dois dias depois de o FC Porto ter empatado na receção ao Benfica (0-0), no clássico da oitava jornada do campeonato.

“Foi um jogo bem disputado, difícil, mais tático e não tão intenso como são os clássicos. O maior elogio que podemos fazer ao FC Porto é ver a postura defensiva que o Benfica teve no Dragão e jogadores como Trubin, Richard Ríos e Enzo Barrenechea a perderem tempo para sacarem um empate. É o maior elogio à evolução extrema e radical que o FC Porto teve um ano para o outro. Dá-nos boas sensações para o futuro, mas é tudo prematuro. Há muito campeonato para disputar e é preciso ter os pés bem assentes na terra”, alertou.

O FC Porto chegou à segunda paragem da prova para os compromissos das seleções nacionais na liderança isolada, com 22 pontos, contra 19 do bicampeão nacional Sporting, segundo classificado, e 18 do Benfica, terceiro e orientado há quase um mês por José Mourinho, de regresso às ‘águias’, após ter comandado os ‘dragões’, entre 2002 e 2004.

“Mourinho é um ultra vencedor em vários campeonatos e tem um currículo invejável, o melhor de um treinador do futebol português. Isso também valoriza o que foi feito pelo FC Porto neste jogo. Houve uma equipa jovem contra uma equipa experimentada, de valor incalculável e com vários jogadores a receber acima de oito milhões de euros. Isso demonstra muito o trabalho que está a ser feito com os jovens do FC Porto, a evolução que têm tido com este treinador e os passos que queremos dar para o futuro”, analisou.

Esperando que a equipa treinada pelo italiano Francesco Farioli mantenha a sua postura, ambição e união para “lutar contra tudo e contra todos”, André Villas-Boas considerou ingénua a escolha de Bruno Esteves para desempenhar as funções de VAR no clássico.

“Um árbitro que tenha 50% de aproveitamento nos jogos da I Liga, principalmente nos do FC Porto, jamais pode ser premiado com um clássico. Isso é premiar a mediocridade e não é o que se pretende num jogo em que queremos ter os melhores intervenientes a decidir sobre os lances da partida. Não vamos apoiar-nos no facto de o VAR ter ajuizado mal estes lances para justificar o empate, mas deve ter nota insatisfatória”, criticou, visando ainda a atuação de Vítor Ferreira na derrota com reviravolta do lanterna-vermelha FC Porto B na receção ao Torreense (3-2), também no domingo, na sétima ronda da II Liga.

O dirigente lembrou também a ausência do clássico de Tiago Martins e defendeu que a coação feita pelos homólogos de Sporting e Benfica, Frederico Varandas e Rui Costa, respetivamente, “tem um impacto direto nas nomeações”, fazendo com que “um dos melhores VAR portugueses tenha deixado praticamente de existir para jogos grandes”.

“Não queremos estar a entrar no mesmo jogo do que os outros. Estamos todos ansiosos nesta gala para ver sobretudo a quem é atribuído o [prémio] Calimero do ano, porque não faltam candidatos para o mesmo. De resto, o FC Porto quer manter a sua postura e continuar focado no título, porque sabe que tem de lutar muito para lá chegar”, admitiu.

André Villas-Boas classificou ainda como graves as declarações de Frederico Varandas, que, perante as acusações de que o Sporting tem sido favorecido pela arbitragem, afirmou no domingo que o Benfica está em maioria num mapeamento das preferências clubísticas dos órgãos sociais da FPF efetuado pelo presidente daquele organismo, Pedro Proença.

“Escrevi uma mensagem a Pedro Proença: se o seu lema é unir o futebol, declarações destas não podem passar impunes. Não pode haver um mapeamento sem que todos os clubes sejam informados do mesmo. Pelo menos, que seja feito em público e não entre duas pessoas. Se o presidente quer unir o futebol, tem de se chegar à frente e afirmar a sua autoridade de uma vez por todas. O futebol português nunca esteve tão longe de estar unido”, avaliou, desagradado com a ausência do líder da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, do jogo entre FC Porto e Benfica.


 



 

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