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Fotografia: © Clara de Quadros Flores


Embarque numa viagem pelo Natal na Catedral de Bruxelas com uma exposição imperdível de presépios de todo o mundo, aberta até 7 de janeiro com entrada livre. Uma celebração da fé, da arte e da tradição de diferentes culturas, unidas na representação do mesmo acontecimento histórico.

De 30 de novembro de 2025 a 4 de janeiro de 2026, a Catedral de São Miguel e Santa Gudula, no coração de Bruxelas, abre as portas à sua tradicional exposição anual de presépios, intitulada Les Crèches à la Cathédrale – Espace d’émerveillement. A inauguração decorreu dia 30 de novembro com a animação do coro Tutti Canti, sob a direção de Dominique Bruyndonckx. A entrada é gratuita e poderá visitar a exposição em qualquer dia, das 9h às 18h.

Apresentam-se presépios construídos pelas mãos de diversas comunidades católicas de Bruxelas, oriundas de diferentes partes do mundo, refletindo a riqueza cultural e a diversidade do Natal cristão. 

Entre os presépios em exposição encontram-se as seguintes origens: Itália, Ucrânia, Roménia, Polónia, Japão, Filipinas, Lituânia, Brasil, Portugal, Eslováquia, Albânia, Coreia do Sul, comunidades hispanófonas (St Gilles, Schaerbeek e Notre Dame du Finistère), comunidade anglófona, libanesa maronita e africana (Centre Amani). A própria catedral apresenta o seu presépio, da autoria da artista Annette Van Ingelgem-Deckers.

Entre os destaques da exposição, o presépio japonês impressiona pelo detalhamento histórico e simbólico. Representa o Monte Fuji e o Castelo de Himeji, e inclui três magos inspirados em figuras históricas como Francisco Xavier, Ukon Takayama e Shikibu Nishibori, ligados à evangelização e à fé cristã no Japão. Cada figura transporta uma história de dedicação, sacrifício e fé, transformando o presépio numa verdadeira narrativa histórica e espiritual.

O presépio eslovaco, do grupo Missão Católica Eslovaca, criado pelo casal Mária e Ľubomír Teplán, é adornado de folhas de milho, um material artesanal tradicional da Eslováquia, e madeira. Este presépio retrata a vida rural nos séculos XIX e XX, com figuras vestidas com trajes típicos, representando tarefas do quotidiano da população camponesa. As folhas de milho na Eslováquia são tradicionalmente utilizadas em artesanato, existindo grandes centros de produção, que se desenvolveram especialmente após a I Guerra Mundial na região sul do país, nas cidades Nové Zámky e Komárno.

A comunidade católica coreana, por sua vez, oferece um presépio que integra os trajes tradicionais hanbok e figuras em papel de alta qualidade – hanji - feito de fibras da árvore amoreira. O presépio foi realizado pelo artista Kang Soo-Jung, da comunidade. Destacaram a importância do Cristianismo na Coreia, introduzido em 1784, e a herança artesanal do país.

A comunidade libanesa Maronita apresenta o presépio “A Natividade no Silêncio do Vale”, concebido pelos Jovens de S. Maron em Bruxelas. Inspira-se no vale sagrado de Wadi Qannoubine, berço da Igreja Maronita no Líbano, reconhecido pela UNESCO. Retrata a fé preservada em silêncio e refúgio pelos monges maronitas nesse vale, perseguidos e martirizados diversas vezes durante o domínio estrangeiro, com a última perseguição hostil ao cristianismo no período do império Otomano. Este presépio inclui a representação dos monges em grutas escarpadas do vale, lembrando que Deus nasce nos lugares discretos e silenciosos das nossas vidas. Apresentam ainda amostras de Cedro do Líbano junto ao presépio, símbolo espiritual de proteção divina, força e eternidade, uma espécie que sobreviveu a guerras, intempéries e catástrofes ao longo dos séculos no país, sendo reverenciado na tradição maronita, e ainda, pensa-se, uma espécia usada em construções bíblicas. É hoje um símbolo nacional na bandeira, lembrando a história do país, como sinal de proteção divina e resistência do povo libanês.

O público é convidado a mergulhar num espaço de encanto, onde cada presépio revela uma história única de fé, cultura e criatividade. Acompanhados de explicações sobre tradições, materiais e costumes natalícios, os visitantes descobrem a riqueza simbólica do Natal em diferentes países. Esta exposição celebra a Natividade e promove o conhecimento intercultural e religioso, mostrando como diversas comunidades e culturas recriam o acontecimento histórico do nascimento de Jesus através da arte, transportando o visitante para um universo de beleza, simbolismo e significados profundos.

A exposição é ainda um momento de reflexão e contemplação, celebrando a fé, a história e multiculturalidade que fazem do Natal uma festa universal.


 



 

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