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Em Portugal, a realidade dos preços dos combustíveis é uma questão que suscita discussões acesas, especialmente quando analisamos o impacto que os impostos têm sobre estes valores.

Curiosamente, mesmo quando considerados sem os impostos, os preços praticados em Portugal são superiores aos da Alemanha. Este contraste é ainda mais significativo se tivermos em conta que as remunerações em Portugal são inferiores às da Alemanha, atingindo uma média de apenas 41% daquilo que os trabalhadores alemães recebem. Esta disparidade levanta questões sobre os enormes lucros obtidos por empresas como a Galp.

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Estudos têm demonstrado que mais de metade do preço final dos combustíveis em Portugal se deve, efetivamente, a taxas e impostos, o que coloca o país numa posição delicada em termos de competitividade. A elevada carga fiscal tem um impacto direto no custo de vida dos portugueses e na capacidade de investimento das empresas. É crucial defender a redução do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) como um meio para impulsionar a economia. A ideia é que a diminuição do IRC permita às empresas reinvestir mais dos seus lucros, criando assim novas oportunidades de emprego e alavancando o crescimento económico.

No entanto, a realidade é que muitos dos grandes acionistas das empresas estão a transferir os lucros obtidos em Portugal para o estrangeiro, optando por não pagar impostos sobre dividendos no país. Este fenómeno gera uma situação paradoxal onde, embora se promovam políticas para aumentar o investimento e a criação de emprego, os ganhos acabam por não ser reinvestidos na economia nacional, bem como se verifica o êxodo de mão de obra qualificada.

Além disso, a situação dos combustíveis levanta preocupações sobre como podem as famílias e as empresas sustentar estas despesas elevadas. O custo dos combustíveis tem efeitos em cadeia, impactando em tudo, desde o transporte até o preço dos bens essenciais, resultando numa maior pressão sobre o orçamento familiar.

É fundamental facilitar a vida das empresas e criar um ambiente mais propício ao investimento, no entanto a realidade mostra um cenário complexo e pouco favorável para os consumidores portugueses. A necessidade de uma reavaliação da política fiscal e uma maior transparência em relação à formação dos preços dos combustíveis parecem ser passos indispensáveis para resolver este problema.

 


 


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