Lisboa, [28 de abril de 2025] – No ano passado, Portugal importou 60 milhões de moedas de baixa denominação, consistindo em 26 milhões de moedas de um cêntimo e 34 milhões de moedas de dois cêntimos.
Esta iniciativa visa garantir que as práticas de fixação de preços e os hábitos de pagamento no mercado nacional se mantenham, especialmente considerando o uso habitual de preços terminados em 99 cêntimos em muitos estabelecimentos.
A importação destas moedas, proveniente principalmente da Bélgica e da Eslováquia, reflete um padrão de consumo enraizado entre os portugueses, que continuam a exigir estas pequenas denominações como forma de facilitar trocos nas transações do dia-a-dia. Apesar do debate sobre a utilidade real das moedas de um e dois cêntimos, que muitos consideram dispensáveis, a sua presença persiste em toda a economia.
A prática de arredondar preços e a discussão sobre a possível descontinuação destas moedas têm vindo a ganhar força, com algumas vozes a sugerir que Portugal deveria considerar a adaptação dos métodos de pagamento para incluir arredondamentos aos cinco cêntimos mais próximos. No entanto, para já, a importação destes pequenos trocos continua a ser uma solução para suportar um comportamento de consumo que se consolidou ao longo dos anos.
No contexto financeiro atual, a gestão de moedas de baixa denominação permanece uma questão relevante, indicando que mesmo as menores valores têm um impacto significativo nas dinâmicas económicas e nos hábitos de compra dos consumidores portugueses.