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A política portuguesa vive, mais uma vez, um momento de tensão e incerteza. As eleições legislativas de 2024 deixaram um rasto de fragmentação e descrença que parece estar longe de ser resolvido.

Entre escândalos, demissões e promessas falhadas, cresce a perceção de que a política nacional se distancia cada vez mais das preocupações reais dos cidadãos.

O país tem enfrentado uma sucessão de governos que, apesar de discursos ambiciosos, acabam presos a dinâmicas partidárias que privilegiam o jogo político em detrimento da governação eficaz. O recente cenário parlamentar é reflexo disso mesmo: uma maioria difícil de construir, partidos polarizados e uma classe política que muitas vezes parece mais empenhada em apontar o dedo do que em encontrar soluções.

Enquanto isso, temas cruciais como a habitação, a saúde pública, os salários baixos, a emigração dos jovens qualificados e o envelhecimento da população continuam sem resposta sólida. Os serviços públicos degradam-se, o investimento em inovação é tímido e as desigualdades regionais agravam-se. A confiança nas instituições está em queda livre, e o desinteresse pela política cresce, especialmente entre os mais jovens.

Mas nem tudo é negativo. A sociedade civil tem mostrado sinais de vitalidade, com movimentos cívicos, coletivos e cidadãos que não se resignam. É aqui que reside alguma esperança: numa nova geração de portugueses mais exigente, mais informada, mais ativa.

É urgente que os partidos políticos estejam à altura do momento. Que deixem de lado os cálculos eleitorais e se comprometam verdadeiramente com reformas estruturais. Portugal precisa de uma política de visão, de responsabilidade e de proximidade. Precisa de líderes que saibam ouvir, dialogar e governar para todos.

A democracia portuguesa, conquistada com tanto esforço há 50 anos, merece mais do que o que tem hoje. E os portugueses também.

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