CDS-PP rejeita cortes propostos pela Comissão Europeia à Política Agrícola Comum (PAC) e alerta para risco de nacionalização encapotada da agricultura.
Bruxelas, 17 de Julho de 2025 - A delegação do CDS-PP no Parlamento Europeu manifestou-se contra a proposta da Comissão Europeia para o Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034, que prevê cortes significativos na Política Agrícola Comum (PAC). De acordo com a eurodeputada Ana Miguel Pedro, os cortes propostos rondam os 21%, podendo atingir 35% quando ajustados à inflação.
“A proposta apresentada representa um erro histórico. É incompreensível que a Comissão Europeia avance com cortes na única política verdadeiramente comum da União, num momento de instabilidade geopolítica e ameaças à soberania alimentar da Europa”, afirmou Ana Miguel Pedro.
O CDS alerta para uma "nacionalização encapotada" da PAC, denunciando que a nova abordagem coloca o segundo pilar — dedicado ao desenvolvimento rural e à modernização agrícola — sob a alçada de um fundo genérico, obrigando os Estados-Membros a optarem entre agricultura, defesa ou digitalização.
“Estamos a empurrar os agricultores para uma competição directa com tanques e drones pelos mesmos recursos. Isto destruirá a coesão territorial e aumentará as desigualdades entre países”, avisou a eurodeputada.
O partido reafirma o seu compromisso com os agricultores portugueses e europeus, assegurando que votará contra qualquer tentativa de enfraquecer financeiramente a PAC.
“Defender a PAC é defender a Europa. Esta política não é um favor aos agricultores, é um instrumento estratégico para a resiliência, soberania e segurança alimentar europeia”, sublinhou Ana Miguel Pedro.
O debate sobre o futuro da PAC promete marcar a agenda política europeia nos próximos meses, com o CDS a posicionar-se firmemente na defesa do setor agrícola e da coesão territorial da União Europeia.