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Foto: ©Tony Da Silva


Caminha, Viana do Castelo, 20 ago 2025 (Lusa) – O ambiente, o convívio, a paisagem, o espírito e a tradição são, mais do que a música, os atrativos para quem vem ao festival Vilar de Mouros, em Caminha, que, este ano, assinala 60 anos.

Quem também tem 60 anos é José Costa, conhecido por Costinha, que, empunhando uma bandeira de Portugal, disse à Lusa que é presença assídua no festival desde “os anos 80 e poucos”, não sabendo precisar porque “já são muitos”.

“Adoro isto, adoro mesmo”, atirou Costinha, confidenciando que inicialmente vinha pelo cartaz, mas que nos últimos anos vem pelo espírito, pelo convívio e pelas amizades que, ao longo dos anos, foi criando.

Acampado desde segunda-feira em Vilar de Mouros, localidade do distrito de Viana do Castelo, Costinha, natural de Barcelos, revelou que tem mais de 60 camisolas do festival.

Ao longo dos anos, Costinha, que se faz acompanhar pela mulher, Alice Costa, de 54 anos, já viu passar pelo palco de Vilar de Mouros artistas como Bob Dylan, Neil Young, The Stones Roses ou Skunk Anansie.

“O ambiente é mesmo espetacular. Estes dias do festival são sempre uma felicidade porque, ao longo dos anos, criamos aqui muitas amizades”, afirmou Alice Costa.

Casada há 34 anos com Costinha, Alice Costa faz-lhe companhia nestas andanças há 20 anos, revelou.

“Olha o casal mais bonito do festival”, atiraram dois festivaleiros ao passar por eles, acrescentando que são “uma das imagens do Vilar do Mouros”.

Já no exterior do recinto, onde a circulação de pessoas com cadeiras, toalhas de praia, lancheiras e mochilas é uma constante, Paulo Rodrigues, de 54 anos, seguia de mãos livres, mas acompanhado por um grupo de amigos, todos vindos de Lisboa.

“Sou presença assídua há oito anos. Venho pelo convívio, pelo espírito e pelo ambiente e não pelo cartaz”, comentou, apesar de este ano querer ver os James que atuam já esta noite.

Envergando uma t-shirt daquela banda britânica, liderada por Tim Booth, Paulo Rodrigues salientou que vem todos os dias e fica alojado em Coura, aproveitando para usufruir do ambiente e fugir às rotinas da capital.

Já Maria Pereira não tem de fazer uma viagem tão longa como a de Paulo Rodrigues para chegar a Vilar de Mouros, dado morar a cerca de 15 quilómetros, e vem impulsionada pelo pai que foi participante desde o arranque do festival.

“Passou-me o bichinho do festival e cá estou eu ano após ano”, ressalvou.

Hoje, naquele que é o primeiro dia do festival, passam pelo palco The Kooks, James, The Stranglers, Starsailor, Altered Images e Dubaquito.

Na quinta-feira sobem ao palco os Sex Pistols (com Frank Carter na voz), The Damned, Palaye Royale, The Godfathers e Girlband!.

Papa Roach, Refused, Triggerfinger, a banda de tributo a Linkin Park Hybrid Theory e Girl Scout preenchem o alinhamento do terceiro dia do festival.

Vilar de Mouros termina no sábado com Da Weasel, I Prevail, The Ting Tings, Stereo MC’s e Cavaliers of Fun.

O primeiro festival de música do país, lançado pelo médico António Barge, aconteceu em 1965 e começou por ser um evento de divulgação da música popular do Alto Minho e Galiza.

A edição de 1971, que lhe deu a fama de ‘Woodstock à portuguesa’, contou com a presença, entre outros, de Elton John e Manfred Mann.

Fotos:©Tony Da Silva


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