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 O homem, na sua singularidade mais genuína e profunda, destaca-se de toda a natureza pelas suas capacidades cognitivas, afetivas, estéticas e religiosas. É pouco provável que qualquer outro animal possua a faculdade de se ligar ao sobrenatural transcendente, por exemplo, pela meditação, pelas atitudes de submissão, reverência e adoração, através da oração.

 Consideradas a sua finitude e precariedade físicas, num mundo que ainda não conhece totalmente, o homem sente-se frágil e dependente de algo que, dramaticamente, nem sempre ao longo da sua história filogenética e ontogenética, soube ou quis identificar.

Ao dar-se conta destas suas vulnerabilidades ele, o homem-crente, procura abrir-se ao sobrenatural que designa por Deus, porque sendo dotado de inteligência e de reflexão, rapidamente reconhece a existência do sagrado e, livremente, é capaz de O amar ou odiar, todavia, para o homem de fé, o que acredita numa existência transcendente, para além da vida biológica, a busca de oportunidades para se encontrar com Deus, ente supremo e sagrado, é incessante e persistente.

A dimensão religiosa do homem é, seguramente, um aspeto essencial da sua superioridade, face aos restantes animais que povoam o mesmo mundo. O homem, centro e objeto das maiores investigações científicas, apresenta-se, neste particular, como algo ainda misterioso, indecifrável, incógnito.

Além desta inimitável característica, que é a sua capacidade religiosa, o homem continua um mistério, porque conhecendo já, razoavelmente bem, a sua constituição físico-biológica e podendo dela tratar com alguma objetividade e sucesso, outro tanto não se verifica com a sua constituição espiritual, desde logo porque, ignora sua natureza, sua origem e seu destino, mesmo quando se considera imortal, acreditando, em coerência com a existência de uma outra vida transcendental, sem, contudo, conseguir provar, cientificamente, tal imortalidade, o que lhe provoca uma sensação de impotência e angústia:

«O homem de hoje vive sem certezas vitais sobre o que mais intimamente lhe interessa. (…) A sobrevivência depois da morte é um problema pessoal que afecta o nosso próprio destino. Não é como resolver uma questão que nos é indiferente.» (MARTINS, 1961:162-63).


 



 

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