Juiz rejeita pedido de Trump para encerrar processo de interferência eleitoral na Geórgia

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O juiz Scott McAffee, responsável pelo processo na Geórgia contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, por alegada interferência eleitoral, rejeitou hoje o pedido da defesa para encerrar o caso.

Scott McAffee referiu que a defesa não conseguiu demonstrar que as declarações e alegadas condutas de Trump estão protegidas pela liberdade de expressão e sublinhou que o tribunal também não encontrou provas para defender essa tese.

A defesa de Trump baseou-se na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege o direito à liberdade de expressão.

Trump e outros 18 pessoas estão acusadas na Geórgia de formar uma associação criminosa com o objetivo de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 naquele Estado, conquistadas pelo democrata e atual Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, que é também o favorito do seu partido para as presidenciais de novembro.

A acusação de associação criminosa apresentada pela procuradora distrital Fani Willis é a mesma que foi utilizada por outros procuradores no passado para desmantelar organizações mafiosas.

McAffee já tinha rejeitado pedidos semelhantes feitos por outros réus neste caso, que tentavam basear-se na Primeira Emenda.

O julgamento na Geórgia ainda não tem data.

A procuradora referiu que estaria pronta para agosto, mas o magistrado ainda não se pronunciou.

Dos quatro processos criminais contra Trump, que é o favorito republicano para a Casa Branca nas eleições presidenciais, o primeiro a começar, em 15 de abril, é o de Nova Iorque por alegados pagamentos irregulares à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016, para esconder um alegado caso extraconjugal, pagamentos que Trump escondeu com a colaboração do advogado Michael Cohen.

Além do processo no Estado da Geórgia e em Nova Iorque, Trump enfrenta um processo em Washington por tentativa de anulação ilegal dos resultados das eleições de 2020.

Está também marcado para 20 de maio o julgamento na Florida, no qual Trump é acusado de ter armazenado ilegalmente material confidencial na sua mansão em Mar-a-Lago.

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