4 de Janeiro de 2025 - O recente estudo publicado pelo Jornal de Notícias revela que a compra de casas de férias por estrangeiros tem desempenhado um papel crucial no equilíbrio das contas das câmaras municipais em Portugal.
A receita do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) proporcionada por estas transações tem garantido uma maior independência financeira a numerosos pequenos e médios municípios portugueses.
De acordo com a pesquisa, regiões como São Martinho do Porto destacam-se como as favoritas entre os investidores estrangeiros, que veem em Portugal não só uma oportunidade de férias, mas também uma forma de investimento. As cidades costeiras e localidades turísticas têm atraído um número crescente de compradores de várias nacionalidades, especialmente espanhóis, britânicos e franceses, que procuram personalizar as suas experiências de lazer em solo luso.
Este fenómeno tem contribuído significativamente para a arrecadação de receitas fiscais, permitindo que as autarquias financiem projetos locais, melhorem a infraestrutura e assegurem serviços públicos de qualidade. As câmaras municipais, que frequentemente enfrentam dificuldades orçamentais, encontram nestas transações uma fonte importante de rendimento.
Os dados recolhidos indicam que a média de impostos pagos por cada munícipe apesar de ser de 278 euros, em muitos dos municípios onde as casas de férias estão a proliferar, esse valor tem vindo a disparar. A procura crescente por este tipo de habitações não só beneficia as autoridades locais, mas também o comércio e a economia regional, potenciando a criação de novos postos de trabalho.
Com um aumento das reservas através de plataformas de aluguer e venda de imóveis destinados ao turismo, espera-se que o mercado continue a prosperar, trazendo ainda mais benefícios ao sector público e estimulando a economia local. Assim, as casas de férias de estrangeiros não são apenas uma opção de lazer, mas um pilar fundamental no desenvolvimento financeiro de várias comunidades pelo país.