Portugal anunciou oficialmente a sua candidatura a um lugar não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2027-2028, sob o lema “Prevenir, Cooperar, Proteger”.
A campanha foi lançada através do site portugal4unsc.com e sublinha o compromisso do país com o multilateralismo, a diplomacia preventiva e o respeito pelo direito internacional.
O primeiro-ministro Luís Montenegro destacou que o mundo enfrenta hoje desafios cada vez mais complexos, como guerras, alterações climáticas e crescentes desigualdades sociais. Para o chefe de governo, estes problemas exigem respostas conjuntas, eficazes e baseadas em valores partilhados.
A candidatura portuguesa tem três eixos principais:
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Prevenir: aposta no reforço da diplomacia preventiva, na promoção da paz duradoura e na atenção a fatores como a pobreza e as alterações climáticas;
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Cooperar: defende uma maior colaboração entre o Conselho de Segurança e outras estruturas da ONU, com mais abertura e representatividade nas decisões;
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Proteger: compromete-se a defender o direito internacional, modernizar missões de paz e abordar novas ameaças, como os conflitos no ciberespaço, a desinformação e a automatização de armas.
A apresentação oficial da candidatura decorreu a 7 de novembro de 2024, em Nova Iorque, numa sessão conduzida pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel. O evento contou com a presença de representantes diplomáticos de diversos países e marcou o arranque público da campanha portuguesa. As eleições terão lugar em 2026, durante a 81.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Portugal relembra também a sua experiência anterior como membro do Conselho de Segurança e a participação de mais de 20 mil militares em missões de paz das Nações Unidas ao longo de 65 anos.
Esta candidatura reafirma a continuidade da política externa portuguesa, centrada na paz, na justiça internacional e na cooperação entre Estados.