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Bruxelas, 6 de maio de 2025 — A poucos dias das eleições, cresce o descontentamento entre os portugueses residentes no estrangeiro devido à falta de informação clara e acessível sobre o processo de voto, especialmente no que diz respeito ao voto por correspondência.

Muitos eleitores relatam incertezas quanto ao envio dos boletins de voto, dúvidas sobre o seu recenseamento e dificuldades em obter esclarecimentos atempados das autoridades eleitorais.

Apesar de existirem plataformas oficiais como o Portal do Eleitor e o site do Recenseamento Eleitoral, muitos cidadãos referem que a informação disponibilizada é escassa, pouco intuitiva .

“Só soube que não iria receber o boletim por correio porque fui verificar por iniciativa própria". 

"Nunca recebi qualquer notificação oficial sobre a minha situação”, comentam, vários emigrantes portugueses na Bélgica.

A possibilidade de acompanhar o envio da carta com o boletim através de um link oficial existe, mas não é amplamente divulgada. Quem não tiver acesso regular à internet ou não dominar as ferramentas digitais pode ficar excluído do processo.

“Se a pessoa não souber que tem de verificar tudo por conta própria, simplesmente perde o direito ao voto”. 

Outra preocupação frequente prende-se com a falta de resposta da Administração Eleitoral. Em muitos casos, os contactos telefónicos e formulários online não têm resposta imediata, o que agrava a frustração dos eleitores.

“Não há um canal direto, e quando há, não temos garantias de que seremos ouvidos a tempo”, lamenta Luís Matos.

Também se regista confusão entre os eleitores sobre se estão recenseados em Portugal ou no estrangeiro, o que pode determinar se votam antecipadamente em território nacional (dias 6, 7 e 8 de maio) ou por correspondência a partir do exterior. A ausência de campanhas de comunicação institucional específicas para as comunidades emigrantes contribui para esse cenário.

Associações da diáspora e organizações cívicas têm tentado colmatar esta lacuna, difundindo informações úteis nas redes sociais. Ainda assim, apelam a uma melhoria urgente na estratégia de comunicação por parte das autoridades portuguesas para garantir um processo eleitoral mais inclusivo e transparente.

Em tempos de participação política fragilizada, garantir que cada voto conta — especialmente dos que estão longe — é uma responsabilidade que o Estado não pode descurar.

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