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Lisboa, 19 nov 2024 (Lusa) – Clóvis Abreu, o terceiro suspeito da morte do polícia Fábio Guerra, foi hoje condenado a 14 anos de prisão por homicídio, por duas tentativas de homicídio e por dois crimes de ofensa à integridade física, adiantou fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, a pena foi aplicada em cúmulo jurídico, tendo Clóvis Abreu sido condenado a pagar mais de 180 mil euros à família do agente da PSP e 24 mil euros ao Hospital de São José, onde Fábio Guerra esteve internado.

Aníbal Pinto, advogado de Clóvis Abreu, disse à Lusa que vai recorrer da decisão.

"Ficamos contentes pela condenação pelo crime de homicídio. Quanto à pena de 14 anos, ainda vamos analisar", disse à agência Lusa, por seu lado, Ricardo Serrano Vieira, advogado da família da vítima.

O acórdão foi hoje lida no Juízo Central Criminal de Lisboa, depois de este tribunal já ter condenado, em junho de 2023, os ex-fuzileiros Vadym Hrynko e Cláudio Coimbra a 17 e 20 anos de prisão, respetivamente, pela morte do agente da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Clóvis Abreu esteve mais de um ano fugido à justiça e só se apresentou às autoridades em setembro do ano passado, ficando em prisão preventiva. A defesa do arguido contestou que este estivesse fugido às autoridades, atribuindo ao Ministério Público (MP) a responsabilidade por ter demorado quase um ano para notificar Clóvis Abreu.

Além da acusação de homicídio qualificado de Fábio Guerra, Clóvis Abreu estava ainda acusado pelo Ministério Público de dois crimes de tentativa de homicídio (a Cláudio Pereira e ao agente João Gonçalves) e outros dois crimes de ofensas à integridade física qualificadas graves pelos incidentes na madrugada de 19 de março de 2022.

Clóvis Abreu, de 26 anos, aguardou o julgamento em prisão preventiva no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária, em Lisboa.

Fábio Guerra, 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.

 

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