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De 1 a 3 de outubro, Bruxelas recebeu a Assembleia Geral da COMECE, onde bispos europeus debateram temas mundiais como a defesa. O Luso entrevistou o representante de Portugal, D. Nuno Brás, que destacou a importância de trabalhar pela paz, deixando ainda uma mensagem à diáspora portuguesa.

De 1 a 3 de outubro, Bruxelas foi palco de um dos encontros mais marcantes da Igreja Católica no espaço europeu: a Assembleia Geral da COMECE – Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia. Durante três dias, bispos representantes de cada um dos Estados-Membros uniram-se para debater e decidir sobre temas importantes da atualidade, trocar experiências e promover o compromisso primum do projeto europeu: proteger a paz num cenário global instável e imprevisível. A Comissão contou ainda com outros países, presentes como observadores, como o Reino Unido, perfazendo um encontro de mais de 30 bispos internacionais.

A COMECE enquadra-se juridicamente no artigo 17 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), onde a UE reconhece a identidade e contribuição específica das comunidades religiosas, fomentando um diálogo aberto, regular e transparente com as mesmas. É nesse espaço que a COMECE emerge como ponte vital entre fé e política, levando a sua voz e sapiência ao centro das decisões que moldam o futuro da Europa.

O jornal Luso teve a oportunidade de conhecer o representante de Portugal, D. Nuno Brás, atual bispo do Funchal, destacando-se ao ser ainda um dos vice-presidentes da Comissão. Natural de Vimeiro e doutorado em Teologia pela Universidade Pontifícia Gregoriana, em Roma, D. Nuno é a voz portuguesa num espaço onde fé e política se cruzam para criar soluções concretas face aos desafios europeus – assista à nossa reportagem no vídeo Luso.

A assembleia geral debateu temas da atualidade, como a defesa, migração, direitos humanos e inteligência artificial. O presidente da COMECE, Mgr. Mariano Crociata, emitiu um comunicado forte sobre este encontro: “Partilhámos as preocupações que atualmente afetam os nossos países e o mundo. Em particular, levámos ao coração o sofrimento das pessoas em tempo de guerra.”. Foram ouvidos testemunhos de países observadores permanentes na COMECE que sofrem guerras, como a Ucrânia. Referiu ainda que a COMECE segue “com profunda preocupação e consternação a situação na Faixa de Gaza. O sofrimento do povo palestiniano parte-nos o coração. As imagens de vítimas civis, crianças famintas, famílias forçadas a abandonar as suas casas e a destruição das cidades comovem-nos profundamente e abalam o nosso próprio sentido de humanidade.”

Nestes tempos de tensões crescentes, D. Nuno Brás deixou um apelo impactante, aplicável, não só a líderes, mas a todos: “Precisamos muito de trabalhar pela paz.”, destacando como exemplo a mensagem do Papa Leão XIV, na abertura dos seus discursos «Que a paz esteja sempre convosco.». Acrescentou ainda palavras que refletem o trabalho da COMECE nesta assembleia: “Não podemos deixar de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar uma guerra mundial. Com a guerra, todos perdemos; com a paz, todos ganhamos.

Na nossa vídeo-reportagem, D. Nuno Brás deixou ainda uma mensagem aos portugueses espalhados pelo mundo, sublinhando a sua força e papel transformador nas sociedades onde vivem.

Num mundo marcado por conflitos e divisões, a voz dos bispos católicos europeus recorda que a paz não é apenas um ideal: é uma tarefa diária, construída com coragem, fé e responsabilidade coletiva.


 



 

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