Em dezembro de 2024, o dólar norte-americano registou uma queda significativa após ter alcançado um pico de dois anos, em grande parte impulsionado pelos recentes dados de inflação e pela decisão da Reserva Federal (Fed) de cortar as taxas de juros.
Após a reunião de dezembro de 2024, o Fed decidiu reduzir a taxa de juros em 0,25%, resultando num corte total de 1% desde setembro deste ano. A medida foi bem recebida pelos mercados, mas também levantou dúvidas sobre a força da economia norte-americana e sua capacidade de resistir a uma inflação persistentemente elevada.
Com a decisão do Fed, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, especialmente os títulos a 10 anos, caíram 6,2 pontos base, fixando-se em 4,51%. Isso ocorreu após os rendimentos terem atingido um recorde de 6 meses, sinalizando que os investidores estão reavaliando as suas posições num ambiente de política monetária mais branda.
Os analistas apontam que a queda do dólar pode ser vista como uma reação natural ao corte das taxas e à contínua desaceleração da inflação. "O mercado agora está a tentar encontrar um novo equilíbrio, mantendo um olhar atento sobre os próximos dados económicos e as ações futuras da Reserva Federal", comentou um economista sénior.
À medida que os investidores avaliam as implicações do corte de juros a meio de pressões inflacionárias, a dinâmica do dólar, que se valorizara significativamente nos últimos meses, pode enfrentar mais pressões no curto prazo.
Os próximos meses serão cruciais para determinar como a política monetária e as condições económicas irão afetar o valor da moeda norte-americana e os mercados financeiros em geral.