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O município de Valença organiza este fim de semana um Mercado Medieval na sua fortaleza, como forma de assinalar a atribuição da carta de Couto (território defeso com isenção de impostos reais e serviço militar), por D. Sancho I no ano de 1200, e a fundação da feira por D. Dinis.
Tratam-se, a nosso ver, de duas das mais significativas efemérides na evolução histórica, demográfica e económica da localidade, preconizando principalmente a instalação do comércio de fronteira, o qual ainda hoje é uma referência nas finanças locais e do país.
A cidade raiana regressa assim, à idade Média, onde moradores, turistas e a praça – forte estão envolvidos numa celebração única, relevante e de afloração de toda a identidade dos valencianos, recuando oitocentos anos.
O chefe da edilidade, José Manuel Carpinteira, e seus pares continuam deste modo, com um ritmo de eventos quiçá visto ou organizado, com uma janela aberta para o turismo nacional e internacional, e participação das suas gentes.
O cenário da vivência local há séculos atrás, será protagonizado a partir desta sexta – feira no perímetro de mais de cinco quilómetros da sua muralha, com espectáculos de fogo, torneios apeados e a cavalo, lutas, teatro de rua, animação com serpentes, malabaristas, acampamento militar, carrossel medieval, estábulos, etc.
Da nossa investigação, podemos informar, que foi o rei D. Dinis em sua Carta de 3 de Maio de 1282, quem instituiu em Valença duas feiras anuais de 15 dias: na Páscoa e Agosto (Torre do Tombo, Chancelaria, Livro I, fls 46v). O mesmo monarca, em 1 de Abril de 1315, estando em Santarém, outorga um outro mercado, então mensal para que “hajam feira uma vez em cada mês e que escolham entre si um dia no mês e que a façam “, lê – se no documento régio.
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