quinta-feira, 08 junho 2023

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LAVRADAS: DOIS ANOS DEPOIS – SUBSISTE O IMPASSE Uma reconstrução que tarda





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“Ardeu a nossa igreja”

Lamento e constrangimento geral, naquela manhã de dezembro, freguesia de Lavradas, da diocese de Viana do Castelo! Tristeza e desolação invadiram a pacata localidade Alto Minhota. A notícia expendiu-se até aos confins da terra, numa alarmante difusão, que rapidamente se tornou viral. Feito o rescaldo inicial era importante um olhar, quase imediato, para o futuro, para a sua reconstrução! E foi a partir da iniciativa privada, daquele gigantesco esforço popular, que se conseguiu juntar o dinheiro necessário, para isso mesmo: reconstruir o templo. Um desejo partilhado, autenticado e abençoado, nas palavras do Sr. bispo quando, nos dias que se seguiu a tragédia veio a Lavradas pedir solidariedade ao povo. Daqui por um ano estaremos a venerar o Menino, nesta mesma igreja”! –Citou. Formulou ainda, esta intenção: “Sugerimos que as esmolas recolhidas em todas as paróquias da diocese, nas eucaristias de Natal, por altura da veneração da imagem do Menino Jesus, sejam canalizadas para as obras de recuperação do templo”!

Infelizmente, a promessa não foi cumprida e agora parece ser, apenas um caso “de inveja”!

Para além desse execrável sentimento, que consiste em provocar desgosto e/ou tristeza, pela felicidade alheia, não haverá por aí quem fomente outras pelejas e sensações, que incitam ao ódio e alimentam o escândalo? Não seria mais prudente e honesto tratar deste caso, agora envolto de contradição e polémica, com toda a transparência e hombridade? Com a serenidade que reclama, este crime sem rosto! Também pela sensibilidade que envolve os donativos, fruto de um grande esforço, daqueles que menos podem dar!

É normal ou até legal continuar a celebrar os sacramentos num salão, propriedade da Junta de freguesia e onde uma associação desenvolve as suas atividades socioculturais? Afinal são os “poderes civis que se vão intrometer na área religiosa”, ou o contrário? Não seria tempo, mais que suficiente, de fazer cumprir a máxima e cito: “-Cada macaco deve ficar no seu galho”, que tão bem se aplica a esta delongada situação! De que é que estamos à espera para, definitivamente, se dar início aos trabalhos de reconstrução, a começar por um telhado novo, visto que os alicerces e as paredes não se deterioraram com o incêndio? Estamos perante uma situação que pode e deve ter o reparo que merece e que se impõe. Com urgência. Sobretudo porque existem os meios, essa enorme subvenção popular. Já só falta, aquela clarividente atitude, que determina, com responsabilidade e razão, a reconstrução da igreja. Que tal decisão, sensata e honesta, venha a acontecer, muito rapidamente; pelas pessoas, pela freguesia e claro pela Igreja que também é afectada, na sua imagem e doutrina.

Bem mais que o aparato de algumas personalidades que vieram ao local, incluindo o presidente da República valeu o caráter e o firme desejo da comunidade que, na base de uma exemplar união conseguiu amealhar, com os seus donativos, o montante necessário para concretizar o sonho da prometida e desejada reconstrução da igreja; uma aspiração legitima e legitimada, que se tornou num verdadeiro pesadelo! Após dois anos, o cenário é, estranhamente desolador. Subsiste a ousadia de continuar a delongar uma obra que já devia estar concluída; como são grandes, a bondade e a paciência do nosso povo!

Reconstrução rejeitada, chumbado o novo projecto.

O agravo veio de quem tem algum poder, influência e persuasão, também ao distanciar-se da única solução, a mesma que teria sido prometida aquando dos peditórios, a saber: “Vamos reconstruir a nossa igreja”! A única que abarca total consenso e que devolve à freguesia, renovada confiança e paz social. A única plausível, indicada, prometida e até abençoada! E nunca a elaboração um novo projecto, irresponsável, polémico e controverso, que implica um avultadíssimo orçamento e o incongruente derrube da casa paroquial, propriedade da freguesia. Uma decisão pouco transparente, abusiva dos princípios e da legalidade urbanística, que usurpa quem, na boa-fé contribuiu, no simples intuito da reconstrução. O engodo é feito com subtileza; silenciar, deixar passar o tempo, acalmar os ânimos de uma justa contestação popular. O aparente silêncio que paira no adro da simulação pode, a qualquer momento rebentar em grito, como resposta a uma provocação e uso indevido de fundos recolhidos sob forma de peditório. Estão em causa, a honestidade e a inteligência quando, neste caso, se desvirtua a finalidade e orientação do dinheiro recolhido; qualquer pessoa minimamente responsável sabe que é assim. Redutor e contraditório é dizer, veja-se quem o diz e -cito: “Tanto quanto estou informado, a contestação é injusta e na raiz daquele problema está a inveja, luta de poder”! E acrescenta, com água benta: “alguém que na sua posição, nada tem a ver com a igreja”. Sinceramente, assim é que não! Temos nestas declarações, de alguém superiormente inteligente e supostamente responsável, uma resposta dissimulada e acusatória! Argumentação injusta e injuriosa, se atendermos ao esforço feito por quem doou das suas parcas economias, o valor que ultrapassa os custos da reconstrução, a saber, bem perto de quatrocentos mil euros! Porque de facto todos temos a ver com a igreja, tão somente por sermos Igreja. De gente, pedras vivas, que se movimentou obstinadamente, para conseguir os objectivos financeiros indispensáveis à reconstrução. Pudera que só fosse “inveja” e teríamos certamente a igreja restaurada, com paz e alegria na freguesia!

Tais declarações públicas não abonam quem as profere, até porque contém uma dimensão humana e cristã, claramente negativa. Comparar a questão da reconstrução da igreja ardida há dois anos, à inveja e luta de poder" é abdicar da sua postura e responsabilidade! É atirar para o outro lado, aquilo que nos incumbe tratar e resolver. É pensar que se está a prestar um bom serviço à Igreja peregrina, da qual todos fazemos parte integrante e integradora! É uma tentativa falhada de persuadir em erro, é perder a razão e o sentido de justiça e da verdade! É fomentar a discórdia, quando se tem o dever de promover o consenso e a serenidade.

Bem mais que lições e recados, dos nossos prelados precisamos, daquela atitude que congrega, que delibera e une, com a probidade adequada e o sentido da corresponsabilidade; é isso que se espera de quem, de facto tem, o dinheiro e o poder! O que tiver de ser feito, que se faça, sem mais demora. Sem mais desculpas, nem qualquer outro pretexto. Sem essa presunção e prepotência que tem dominado este caso, de clara e simples resolução, mas transformado num injustificado imbróglio. Haja bom senso e que predomine, neste contexto e circunstâncias, a verdadeira caridade cristã, tão apregoada, mas tão pouco estimulada e vivida.

Que tudo termine bem, beneficiando todas as partes envolvidas!

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António Fernandes
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