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No passado fim de semana o Clube de Gastronomia de Ponte de Lima organizou mais um evento em Bruxelas. Desta vez, foi uma recordação do diplomata, poeta e gastrónomo António Feijó (1859-1917), com base na exposição bio - bibliográfica proveniente da Suécia, apresentada na sua terra natal no Dia do Patrono (1 de Junho último) da Escola EB 2,3 da sede do concelho.
A mostra, com apresentação de documentos inéditos propriedade do município limiano e de colecção particular, permitiu conhecer melhor passos da vida do ilustre Pontelimense que durante mais de vinte e cinco anos foi diplomata na Escandinávia. A sala Damião de Góis na embaixada de Portugal em Bruxelas foi o local da cerimónia com três dezenas de convidados. Entre eles, o representante do estado português, Rui Tereno ; a Conselheira, Joana Estrela; o Cônsul, Bruno Joos Beerst ; o Administrador do Conselho Europeu de Investigação ,Victor Alves Gomes; a Rainha das Vindimas de Portugal, Luciana Meneses; os dois principais dirigentes da missão Promover a Ucrânia na União Europeia, Marta Barandy e Vasyl Krushmuns; a sobrinha – trineta do homenageado Margarida Torres Feijó; jornalistas belgas, como Tony da Silva, Director deste jornal; António Fernandes, do Comité Económico e Social Europeu, e brasileiros, designadamente da revista Criativa, Horácio Fernandes e keila Barbosa, além dos importadores de vinhos portugueses na Holanda, Luxemburgo, Suíça e Bélgica, Nelson Borges e Sthephan Cols.
De Ponte de Lima deslocaram-se à capital belga para a organização do evento, além do autor, outros membros do Clube de Gastronomia local: Armando Melo, Chefe dos Bombeiros Voluntários e António Sousa, ex – Presidente da Assembleia de Freguesia de Arca e Ponte de Lima; o Chef de Cozinha Paulo Santos, da Casa de S. Sebastião e o colega, Chef Carlos Torres, do grupo Elebê, do Porto e Póvoa de Varzim. A equipa foi completada ainda pela investigadora limiana Cristiana Freitas, que selecionou documentos de Feijó para a exposição e o parceiro do Clube na Bélgica, Albano Figueiredo, proprietário do Café Restaurante Portugal.
A sessão foi aberta pelo signatário, com uma evocação do poeta das Bailatas na sua passagem por Bruxelas em 1891, e outros trechos de suas missivas para amigos e familiares, requerendo produtos locais para provas gastronómicas e potenciais importadores, aquando de suas missões diplomáticas no Brasil, Dinamarca e Suécia; noticiamos ainda que foi da capital belga que surgiu a decisão e consolidar a decisão de transladar os restos mortais de António Feijó para Ponte de Lima, segundo uma carta enviada ao amigo do homenageado, Padre João Araújo Lima (1868-1941), na pessoa do então diplomata Alberto de Oliveira, secundado pelo tradutor sueco de produções poéticas feijóanas, secretário da comissão do Prémio Nobel, Goran Bjorkman, falecido em 1923.
Tudo terminou com escolhas gastronómicas: na representação diplomática nacional, um Loureiro de Honra, acompanhado de doces e salgados; mas, o convívio de comensais ocupou ainda dois jantares no Restaurante Portugal: um Bacalhau de Cebolada e um Sarrabulho à moda de Ponte de Lima que reuniu centena e meia de apreciadores.