Presidenciais: o último duelo



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Desde segunda-feira passada que os dois candidatos voltaram à arena para o último duelo, com um só objectivo: convencer os eleitores a votar na sua própria candidatura.

Os portugueses em França temem que o “caos” se instale no país com a hipotética vitória de Marine Le Pen, conforme notícia no Expresso. Marine Le Pen apresenta uma caixa de Pandora, onde poderão estar encerradas todas as desgraças do mundo.

Marine Le Pen deixou de ter como prioridade banir o véu na luta contra o islamismo. Talvez tenha percebido que essa medida não iria render tantos votos como havia calculado inicialmente. A candidata até já conversa com mulheres de véu, em plena campanha e admitiu que era uma questão complexa, embora continue sendo um objectivo num prazo mais longo.

Um estudo do Institut français d'opinion publique (IFOP) para La Croix mostra que quatro em cada dez eleitores católicos votaram em Marine Le Pen ou Éric Zemmour na primeira volta.

Em Toulouse, cerca de 1.000 pessoas marcharam na tarde de Domingo de 18 para bloquear a extrema-direita  durante a segunda volta, informou a France 3 Occitanie.

Os familiares de Marine Le Pen foram ouvidos no Domingo passado para se manifestarem sobre as acusações de desvio de dinheiro público europeu, cerca de 600 mil euros, visando o apoio da sua candidatura, 7 dias antes da segunda volta da eleição presidencial. Marine Le Pen queixa-se da brutalidade de Emmanuel Macron durante a campanha presidencial.

profissionais da saúde e quase 500 personalidades ligadas à cultura vieram pedir para votar em Emmanuel Macron na segunda volta para impedir a vitória de Marine Le Pen, pois consideram que a direita continua viva. A extrema-direita brinca com o medo, tira proveito dele, mas não oferece qualquer solução.

Emmanuel Macron declarou que há 5 anos atrás foi eleito num processo de desmembramento político, mas agora denuncia a lentidão do sistema. Gostaria de ter feito mais, atirando as culpas para a crise da pandemia e agora a guerra na Ucrânia.

Os alertas sobre a insuficiência da acção climática no mundo tiveram pouca presença nos debates da primeira volta para a eleição presidencial francesa. No entanto Emmanuel Macron toma de empréstimo o termo utilizado por Jean-Luc Mélenchon na primeira volta para dar prioridade ao "planeamento ecológico". Outra ideia adoptada por Emmanuel Macron em Marselha é o "festival da natureza" em torno de uma grande ambição nacional. O "food-check", medida do candidato Emmanuel Macron é destinada a permitir que os mais modestos tenham acesso a produtos alimentares franceses de qualidade, e será implementada "imediatamente após a eleição" no caso da recondução do presidente, assegurou domingo Julien Denormandie, ministro da Agricultura.

Por último, Valérie Pécresse, candidata às eleições francesas e antiga deputada, já arrecadou 1,4 milhão de euros após seu pedido de doações para pagar as dívidas contraídas durante a campanha para as presidenciais. Ainda faltam arrecadar 5,6 milhões. Esta candidata da direita viu-se impossibilitada de recorrer aos fundos públicos, pois não atingiu o mínimo de 5% dos votos na primeira volta.

19-04-2022

O autor produziu este artigo, da sua responsabilidade, para os leitores do jornal online LUSO.EU. Escreveu de acordo com as regras ortográficas anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.

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Joao Pires
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