quarta-feira, 31 maio 2023

Vinho português à conqu…

maio 30, 2023 Hits:760 Opinião

Esta Raça de Ser Portist…

maio 29, 2023 Hits:519 Opinião

Conceitos Marcelistas

maio 25, 2023 Hits:158 Opinião

As correrias da Bia ou a …

maio 24, 2023 Hits:1578 Crónicas

Sou Galamba

maio 24, 2023 Hits:1085 Opinião

Esta vida de marinheiro

maio 22, 2023 Hits:907 Opinião

Josué

maio 21, 2023 Hits:732 Opinião

Saudades de casa

maio 21, 2023 Hits:1170 Crónicas

Não há pastelaria como …

maio 21, 2023 Hits:1751 Crónicas

Vício vencido, a liberda…

maio 20, 2023 Hits:1325 Opinião

Brindemos com vinho verde…

maio 20, 2023 Hits:1611 Opinião

Darth Vader à Portuguesa

maio 10, 2023 Hits:740 Opinião

Mais um dia em Elvas

maio 10, 2023 Hits:1057 Apontamentos

Não frustrar expetativas





A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.


Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!

A decisão do último Conselho Europeu de conceder o estatuto de país-candidato à Ucrânia e Moldova foi histórica e acarreta com ela uma responsabilidade acrescida para a UE e, especialmente, para os seus Estados-Membros. 

Como se viu pela reação muito menos entusiástica dos países-candidatos dos Balcãs (nomeadamente a Albânia e a Macedónia do Norte), a concessão do estatuto a estes dois novos países faz temer um novo atraso no processo de negociação que muitos já iniciaram com a Comissão Europeia e que obrigou a reformas e esforços profundos tendo até culminado na mudança oficial de nome de um país, como foi o caso da Macedónia do Norte.

Os Balcãs sempre foram uma região complexa, onde as várias sensibilidades étnicas, religiosas e políticas contribuem para um clima de quási-permanente instabilidade, como se tem visto recentemente nas relações entre a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina e o ainda problemático reconhecimento do Kosovo. A perspetiva de uma futura integração europeia, para além de ter contribuído a pacificar a região, tem permitido construir uma relação de confiança com Bruxelas, essencial para consolidar o Estado de Direito, apoiar as reformas de reforço das instituições democráticas, modernizar a economia, alargando a esfera de influência ocidental numa zona cuja influência e presença Russa, mas também Chinesa, têm vindo a aumentar.

Um futuro processo de alargamento da UE constitui um verdadeiro desafio para todos nós, e não será feito sem uma reforma das instituições. No entanto, esta discussão interna não pode ser pretexto para arrastar in fine processos de adesão cujos custos políticos são difíceis de antever e que reforçaria, não tenhamos dúvidas, a influência da Rússia e da China na região, destabilizando os regimes políticos e as reformas democráticas levadas a cabo nos últimos anos. É importante referir que a China detém já uma presença relevante no terreno, através de atores não-estatais, financiando a construção de inúmeras infraestruturas rodoviárias (por exemplo, a maior autoestrada do Montenegro está a ser financiada por um promotor chinês).  

A Europa continua a ser hoje, e especialmente para estes países, um projeto portador de esperança, de progresso, de estabilidade e de promoção do bem-estar. Foi também com esse olhar que Portugal apresentou a sua candidatura em 1977.

Um futuro alargamento terá necessariamente de passar por uma reforma da própria União. Neste sentido, os comentários do Primeiro-Ministro português, mas não só, sobre este assunto são extremamente pertinentes e merecem toda a atenção. Seria completamente irrealista perspetivar um alargamento a 30 ou mais, nas atuais condições de funcionamento da UE. A integração de novos países passará obrigatoriamente por uma reforma institucional, nomeadamente, no que diz respeito a uma revisão do sistema de votação no Conselho, reduzindo as matérias para a qual a unanimidade é necessária (evitando-se os bloqueios que se verificam hoje em assuntos tão importantes como a fiscalidade); mas também revisitando o financiamento do magro orçamento europeu, que representa hoje apenas 1% do PIB dos 27.

Se uma Europa a 27 já enfrenta diversas dificuldades em termos de capacidade de decisão, uma Europa a 30 ou mais, poderá correr o risco do imobilismo e dos bloqueios consecutivos, minando a capacidade de resposta da UE. Os atuais problemas com a Hungria e a Polónia são sintomas da necessidade reforma institucional do projeto europeu. A nível orçamental, e perante os enormes desafios que tem pela frente (transição climática, digital, saúde, defesa, pilar social) a Europa não pode continuar a trabalhar na base de um orçamento que não corresponde, de todo, às necessidades de hoje e às suas ambições. Não se pede aos Estados mais contribuições dos seus orçamentos, mas sim, novos recursos próprios (várias propostas estão em cima da mesa) que permitiriam reforçar a ação da UE e libertá-la, até, de uma certa forma de chantagem que existe quase sempre aquando da negociação do quadro financeiro plurianual.

A proposta do Presidente Macron, fortemente inspirada no projeto de Mitterrand para a criação de uma Comunidade Política Europeia, merece reflexão podendo transformar-se num importante fórum europeu de coordenação política mais aprofundado debruçando-se sobre desafios comuns e à larga-escala (alterações climáticas, defesa, migrações, saúde, educação), representando até um possível primeiro estágio para os países-candidatos cujos processos estejam mais atrasados. No entanto, em nenhum caso esta nova Comunidade substituirá a pertença plena à UE.

Este é um debate decisivo que agora se abre e que não poderá arrastar-se durante muito tempo sob pena da “UE da esperança” se transformar num projeto de frustração.

Luso.eu - Jornal das comunidades
André Costa
Author: André CostaEmail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos

Adicione o seu comentário aqui!



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades

luso.eu Jornal Comunidades

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

Temos 356  pessoas que estão a ver esta página no momento, e 0 membros em linha

Top News Embaixada

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

EVENTOS ESTE MÊS

Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

News Fotografia