Marcelo está Lelé da cuca



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No artigo anterior escrevi sobre o “Auto Suicídio” de Marcelo Rebelo de Sousa, ao proferir as vergonhosas declarações que proferiu sobre os Casos de Pedofilia na Igreja Portuguesa. Na altura foquei-me apenas nesse caso. Todavia, ultimamente, tenho passado algum do meu tempo a pensar e a analisar várias situações protagonizadas pelo nosso Presidente da República.

Dessa análise sou levado a pensar que poderemos estar perante um problema mais grave, mais sério, uma vez que não podemos falar de um caso isolado (a questão da igreja), mas de várias situações que Marcelo tem, infelizmente, protagonizado nos últimos tempos.

Situações que não são nada normais para quem exerce funções de Chefe de Estado. Quando em Janeiro de 2022 Marcelo foi em visita oficial ao Brasil, ninguém percebeu pela alminha de quem é que Marcelo decidiu ter uma reunião com Lula da Silva na residência oficial do Cônsul-geral de São Paulo. 

Que posição ocupava Lula para Marcelo se reunir com ele? E, mais grave ainda, quando Lula já se tinha assumido como candidato contra o Presidente Brasileiro, Jair Bolsonaro.  Eu nem quero acreditar que Marcelo pensava que Lula ainda era o Presidente do Brasil!!!

No nosso país há um ditado popular que se usa quando alguém acaba de sair de um cargo que é o seguinte: “Rei morto, Rei posto”.  Para Marcelo, o ditado será, Rei vivo Rei posto”, pois, só assim se percebe que a quatro anos do fim do seu mandato apareça na comunicação social a falar dos seus possíveis sucessores, como se fosse a coisa mais normal do mundo, tentando condicionar a escolha, imaginando-se numa Monarquia, porque, na verdade, conseguiu passar de regime, ser filho de um alto dignitário do regime derrubado e manter-se, sempre, na crista da onda, às cavalitas de uma comunicação social que, como dizia Emídio Rangel, conseguiria “vender um presidente, como se vende um sabonete”, mesmo de marca branca, como é o caso do nosso Presidente.

Ora nem é normal, porque ainda lhe faltam quatro anos de mandato e não deve, um Presidente da República, em exercício de funções, pronunciar-se sobre os seus possíveis sucessores, nem que seja no último dia de campanha eleitoral. Um Presidente da República deve manter-se equidistante dessas lutas.

Mas, sobre aquilo que se deveria pronunciar, como os casos e mais casos sob investigação de membros deste Governo, nem uma palavra se lhe ouve. Mantém-se calado que nem um rato, cúmplice deste imbróglio e responsável pela degradação da democracia, pelo aumento da abstenção e pelo crescimento dos extremos em Portugal.

No último Web Summit, Marcelo presenteou o mundo inteiro com aquele puxão a Paddy Cosgrave, como se lá estivesse como Lutador de Wrestling e não como Presidente da República, do país que acolhe a conferência, que apenas é a maior conferência da europa sobre tecnologias.

Mas, como a situação vai piorando a olhos vistos de dia para dia, no final do jogo Portugal-Nigéria, a três dias do início do Mundial de futebol no Catar, quando questionado sobre a violação dos direitos humanos nesse país, Marcelo presenteou-nos com a seguinte tirada: “Esqueçamos os direitos humanos no Catar e concentremo-nos na equipa”.

Tenho para mim que estaremos perante um caso clínico. Marcelo terá perdido a noção do que diz e do que faz. Marcelo não conseguirá perceber a realidade em que vive. Estaremos perante um qualquer distúrbio neurológico, que a comunidade médica deveria analisar. Eu acho que se lhe descolou a “retina” do cérebro. Para usar uma expressão bem conhecida de Marcelo, da qual é autor, para mim, Marcelo está Lelé da Cuca.

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Fernando Vaz Das Neves
Author: Fernando Vaz Das NevesEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
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