quinta-feira, 08 junho 2023

As casas em Portugal são…

Jun. 06, 2023 Hits:347 Opinião

Sobreviventes

Jun. 06, 2023 Hits:854 Crónicas

Os grandes jogadores sabe…

Jun. 05, 2023 Hits:863 Opinião

Metal polido, liga fraca

Jun. 02, 2023 Hits:786 Apontamentos

Vinho português à conqu…

maio 30, 2023 Hits:1076 Opinião

Esta Raça de Ser Portist…

maio 29, 2023 Hits:682 Opinião

Conceitos Marcelistas

maio 25, 2023 Hits:167 Opinião

As correrias da Bia ou a …

maio 24, 2023 Hits:1841 Crónicas

Sou Galamba

maio 24, 2023 Hits:1127 Opinião

Esta vida de marinheiro

maio 22, 2023 Hits:933 Opinião

Josué

maio 21, 2023 Hits:754 Opinião

Saudades de casa

maio 21, 2023 Hits:1201 Crónicas

Saudades de casa





A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.


Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!

Sem as mercearias portuguesas no estrangeiro a vida dos emigrantes foi, era ou seria muito mais dura ou desagradável. O mais normal hoje em dia, para quem vive em Portugal, é fazer do supermercado o local privilegiado de abastecimento das compras para casa. Mas, já para quem mora no estrangeiro, não é nada óbvio que assim seja, antes pelo contrário, é nas mercearias portuguesas, quando as há, que se compram os nossos produtos para matar as saudades de casa.

Não nos passa pela cabeça comprar enchidos para por exemplo fazer um cozido à portuguesa que não sejam dos nossos, com os típicos sabores da pátria, independentemente da região. Farinheiras, alheiras, morcelas e chouriços, com o gosto que verdadeiramente gostamos e apreciamos nas diferentes variedades só os vamos encontrar nas prateleiras das luso lojas.

Sendo verdade que na Suíça, em França ou na Bélgica se produzem dos melhores queijos do mundo, um português corre em busca de um queijinho de Azeitão, da Serra da Estrela, de Castelo Branco, de Niza ou dos Açores sem nenhum tipo de hesitação, por muito bons que sejam, e são, o Camembert, Brie, Roquefort, Comté, Vacherin, Reblochon, Emmentaler ou o Gruyère. O mesmo se diga das águas minerais. Qual Evian, SPA ou Perrier se nenhuma compete com as do Luso, de Carvalhelhos, das Pedras ou de Monchique, cujo ph é de 11.5, sem concorrência à altura.  

Até o Knorr tem de ser adquirido nas mercearias, pois a especificidade do sabor adaptado ao nosso palato não é compaginável com os caldos produzidos para outros povos, e sendo a mesma marca o gosto é bastante diferente.

Numa casa portuguesa típica nunca pode faltar o indispensável bacalhau, que seco e salgado quase só se encontra à venda nas mercearias de produtos genuinamente nossos. O mesmo se diga das latas de atum na diversidade das suas marcas. Desde o Bom Petisco ao Tenório passando pelo Ramirez, é nas mercearias dos tugas que as podemos encontrar para nosso completo gaudio. 

Por mais pequena e humilde que seja a mercearia, não deixará de ter uma garrafeira ou uma amostra dela. A gente sabe bem da qualidade e diversidade dos vinhos franceses, italianos ou espanhóis, que até bebemos com prazer, mas quando somos convidados para jantar ou almoçar a casa de amigos é certo e sabido que levamos um vinho diferenciado da nossa terra pois, lá está, é o mais adequado aos nossos sensores do prazer gustativo, o qual só o encontramos nas mercearias cujos donos falam a mesma língua em que escrevo esta crónica. Às vezes até somos surpreendidos nas mercearias por vinhos que não vemos à venda no retângulo pátrio, uma vez que alguns se destinam apenas à exportação.

O mesmo se diga do azeite ou dos enlatados de leguminosas. Por muitas voltas que se dê em volta dos gregos, espanhóis e italianos, o traço distintivo do azeite português é de tal maneira saliente que os outros sabem quase a água, não temperam a gosto e nem sequer servem para os guisados. Com enlatados é quase a mesa coisa. A Compal bate aos pontos a concorrência na qualidade e no ponto salgado da cozedura. Não restando outra alternativa que não seja ir em busca e comprar português. 

A existência de mercearias nacionais no estrangeiro acontece, porém, com todas as nacionalidades que têm comunidades de emigrantes e todas refletem a essência especifica das respetivas culturas. Mas as nossas, por que são nossas. apresentam uma simpatia, uma organização e um ar limpinho que é só nosso.  

 

Luso.eu - Jornal das comunidades
Silvino Gomes da Silva
Author: Silvino Gomes da Silva Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos

Adicione o seu comentário aqui!



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades

luso.eu Jornal Comunidades

A nossa newsletter

Jornal das Comunidades

Não perca as promoções e novidades que reservamos para nossos fiéis assinantes.
O seu endereço de email é apenas utilizado para lhe enviar a nossa newsletter e informações sobre as nossas actividades. Você pode usar o link de cancelamento integrado em cada um de nossos e-mails a qualquer momento.

TEMOS NO SITE

Temos 310  pessoas que estão a ver esta página no momento, e 0 membros em linha

Top News Embaixada

A SUA PUBLICIDADE AQUI?

EVENTOS ESTE MÊS

Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

News Fotografia