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O percurso PR4 inicia no parque de merendas de Azevedo, logo abaixo da Igreja Paroquial de São Paio de Antas e apresenta património arquitetónico, religioso e natural.
O nome do percurso surge pelos diversos engenhos de água dispostos ao longo do rio Neiva, pelas localidades de Antas e Belinho, que no passado foram utilizados para moer cereais e serrar madeira.
Atualmente são mantidos com fins turísticos e continuam a encantar quem por ali passa, com adornos em belos nichos bucólicos da paisagem fluvial.
Iniciamos a caminhada pelas 13h, depois de equipados com calçado adequado e roupa leve e disposta por camadas. O tempo estava luminoso, apesar de fresco e com ameaça até de alguns pingos de chuva. A maior parte do percurso é feita ao longo do rio Neiva e debaixo das copas das árvores de uma zona de pinhal, o que permite perceber que em dias de muito calor se faz este passeio quase sempre à sombra e com uma temperatura agradável.
A duração prevista era de 4h30m para 12,5 quilómetros, com um grau de dificuldade atribuído de “médio/baixo”.
Subimos até à igreja e começamos a descrever um grande círculo à esquerda, com início de descida pelo pinhal até atingir a linha do rio. O percurso está geralmente bem assinalado, mas convém prestar a atenção a alguns sinais que se encontram deteriorados pela “criatividade humana”.
Assim foram percorridas ambas as margens de forma alternada do rio Neiva em direção à foz, o que proporcionou belas fotografias.
Durante o percurso foi possível identificar o amieiro vulgar, comum ou preto, carvalhos, fetos, eucaliptos e a árvore pêra Callery, proporcionando riqueza de vegetação.
Entrando no caminho a céu aberto, deparamos com a ponte do Sebastião, nome atribuído em homenagem ao moleiro com o mesmo nome, sobre o rio Neiva, que faz parte integrante do Caminho português pela costa, com destino a Santiago de Compostela.
Esta singela, estreita e ponte baixa em granito, reconstruída em 2020, permite a travessia de pessoas, animais e bicicletas. Une os concelhos de Viana do Castelo e Esposende, separados pelo rio Neiva.
Logo ao lado está a Casa da Azenha Branca, recentemente recuperada, que funciona como alojamento local, situada ao lado do rio.
Estávamos perto do final da caminhada e foi decidido fazer uma pausa frente ao rio, com vista para a ponte do Sebastião.
Depois da curta paragem, foi retomado o caminho, sempre a subir até ao parque de merendas.
Passamos pela localidade de Belinho, encaixada numa língua de terra agrícola, entre o mar e as elevações da Serra da Nogueira, do Monte Crasto e da Serra d’Arga. Existe uma praia com o mesmo nome e o miradouro da Senhora da Guia onde é possível a imensa extensão das Costa Atlântica, desde São Bartolomeu do Mar até Viana do Castelo.
O dia foi propício àquele passeio que durou menos de 5 horas, de âmbito paisagístico e cultural, com passagem pelo menir das Antas e pela Azenha do Sebastião, agora transformada em alojamento local.
27-06-2022
O autor produziu este artigo, da sua responsabilidade, para os leitores do jornal online LUSO.EU.
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