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Meses atrás, este processo esteve na moda, sem deixar, contudo, de ser chocante. Normalmente, estes jovens autoimoladores assumiam deste modo uma posição de protesto contra qualquer coisa de importante: normalmente situações extremas de injustiça, guerras, atentados à liberdade individual ou colectiva. O caso de Vitré, contudo, ultrapassa a capacidade normal de reacção: as organizações sindicalistas francesas apontam a direcção da empresa onde o jovem trabalhava como responsável pelo suicídio.

Tratava-se de uma direção «paternalista» e «feudal», segundo a notícia publicada em «Syndicalisme»: o dono é adjunto do presidente municipal, por acaso uma viscondessa.

Na fábrica trabalhavam quatro jovens guedelhudos, facto intolerável para as «pessoas de bem» de uma terra provinciana. Pasquet pretendeu convencê-los a cortar o cabelo para proporções «decentes», indo até coacção familiar e ameaças de despedimento.

Os operários consultaram as organizações sindicais: haveria protesto legal para serem despedidos por tal motivo? A inspeção do trabalho estudou o problema e confirmou que um eventual despedimento era ilegal.

A direcção de Pasquet, todavia, manteve as suas pressões. Três dos jovens aguentaram-se. O quarto cedeu. O facto assumiu para ele uma importância considerável, tendo a impressão de haver traído os camaradas. Num gesto de desespero, imolou-se pelo fogo dentro da empresa onde trabalhava.

Houve uma tentativa de opor um muro de silêncio ao acontecimento. Os jornais da região deram a notícia em poucas linhas. Mas o drama deixou as suas marcas. Por questão de boas maneiras, uma delegação patronal acompanhou o enterro. Foi nomeada uma comissão de operários, para o mesmo efeito. Os sindicatos também estiveram representados. A publicação a que atrás nos referimos, concluía deste modo os seus comentários ao triste acontecimento: «É escandaloso que uma autoridade patronal possa ainda exercer-se de maneira tão discricionária e que semelhantes atentados à liberdade e à dignidade continuem a verificar-se».

M/R página quatro, 16 de Outubro de 1970, Diário de Lisboa
Fonte:
http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06805.155.25125#!24
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Joao Pires
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