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2 minutos de leitura

As fatias de pão fresco ou o pão terrorista servido num almoço familiar em dia de semana

São antigos os registos do fabrico do pão, um dos primeiros alimentos confecionados pelo homem. São famosas as padarias portuguesas no Brasil. (https://www.luso.eu/actualidade-noticias/entrevistas/entrevista-izabel-ribeiro-brasil.html)

Ainda pequeno, sentava-me à mesa em casa dos meus avós para partilhar a refeição em boa companhia e tentar aprender algo mais com a conversa dos adultos. A mesa era comprida e redonda nas extremidades feita de madeira escura e com marcas de servir muitas refeições.

Sentados à mesa num dia de semana poderiam sentar até doze comensais, contando comigo. Claro que era raro sentar em simultâneo os nove filhos num almoço em dia de semana. Alguns porque já viviam nas suas próprias casas e tinham o seu trabalho, pelo que era impossível ir almoçar a casa dos pais. Outros porque apesar de ficarem até mais tarde em casa dos pais ou porque eram os mais novos ou porque terão começado a trabalhar mais tarde.

A minha avó cozinhava com dedicação, mas por vezes tornava-se numa consumição servir tanta gente, quando o orçamento familiar era curto, pois só o meu avô é que trabalhava. Trabalhava por conta própria e o dinheiro nem sempre chegava às mãos da minha avó para se governar durante todo o mês.

Por todos aqueles motivos a minha avó tornou-se numa grande gestora do lar em que tinha que saber aplicar o dinheiro em refeições equilibradas, mas que não consumissem o dinheiro demasiado rápido.

Lembro-me do arroz branco de forno pincelado com ovo por cima e entremeado com carne picada de fazer crescer água na boca ou da deliciosa sopa de couves.

Mas o pão que ia para a mesa num pequeno cesto forrado com um pano branco de algodão levava segredos que só o mais sábio dos comensais poderia desvendar.

O meu avô sentado na mesa olhava atentamente para o que se passava com os filhos em seu redor enquanto comia. Sabia ouvi-los, dava conselhos enquanto olhava para a cesta do pão.

Os meus tios escolhiam cuidadosamente apenas com o olhar a fatia de pão a retirar do cesto. Não poderia haver hesitações nem trocas de fatias de pão, sendo que o meu avô se mantinha em vigília. É que o cesto do pão continha fatias de pão fresco intercaladas com pão do dia anterior um pouco mais seco, mas nem por isso poderia ser desperdiçado.

Se algum dos comensais tivesse o azar de retirar a fatia do «pão terrorista» e tentasse fazer a troca por pão fresco, seria de imediato sancionado pelo meu avô.

Por outro lado, era proibido apalpar o pão para perceber qual era a fatia de pão mais fresco.

Assim, só valia usar a capacidade de observação para retirar o pão mais fresco, não sendo possível fazer qualquer correção, após ter feito a escolha.

Depois restava fazer acompanhar a fatia de pão escolhida de uma ou duas saborosas azeitonas servidas num pequeno prato.

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Joao Pires
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