Noite fria (Crónica)



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Esta noite oiço o som da chuva a bater nas janelas, o vento forte e frio vindo das montanhas da Suíça, um maciço totalmente coberto de neve.

Durante a tarde escrevia e não podia sair com a minha cadela Roxy para passear pela floresta.

De súbito tive uma ideia. Vamos brincar em casa, disse eu para a minha neta e para a Roxy.

Assim passamos umas tardes as três a brincar, ouvindo o sonoro sorriso da minha neta e ficava deleitada ao vê-la a brincar com a Roxy.

Até às escondidas brincamos, mas éramos logo encontradas pela Roxy que tudo farejava para nos encontrar. Lindas gargalhadas davam a minha neta e a Roxy ficava muito feliz por nos encontrar de novo.

A dada altura já todos brincávamos, incluindo os quatro gatos que também entraram no jogo e como ficava feliz a Roxy ao correr atrás deles.

Aquilo sim, foi uma tarde de chuva e vento, mas muito animada, pois encontramos algo para fazer e para nos divertirmos.

Assim se passam muitos dias na Suíça com o frio fora de casa.

Mas quando a minha neta foi dormir, caímos no sofá de cansaço.

Roxy foi dormir e os gatos também. Olhei para eles com um sorriso na cara, como se quisesse agradecer por aquela companhia. Também pensei em dormir, mas algo me chamava para escrever. Na escrita e na leitura sou bem capaz de passar assim o meu dia.

Sem a escrita e sem a leitura era como se deixasse de respirar.

Como adoro olhar para as montanhas, apreciar a sua grandeza e escrever tranquilamente.

Levantei-me e fui em direção de uma grande janela. Através da vidraça vi um espetáculo maravilhoso proporcionado pela natureza. Ouvia claramente o som forte do vento e lá ao longe o manto de neve branca e pura.

Com uma caneca de chá, fiquei a ver as folhas caídas das árvores que voavam em várias direções, levadas pelo vento, como se tratasse de uma mão invisível.

Até pareciam mostrar como rodopiavam no vento as folhas vindas das árvores da montanha e da floresta perto de casa.

Naquele momento dei comigo a pensar como se podia apreciar coisas tão maravilhosas em cada estação do ano. A brancura da neve e o gelo das montanhas da Suíça fez lembrar-me um dia, quando era criança e que ainda vivia em Portugal. Dia de neve na aldeia onde muito brinquei sozinha. Fazia bolas de neve e construía bonecos.

Mas na Suíça posso ver a neve em algumas montanhas durante todo o ano, porque tem montanhas altas onde o gelo não chega a derreter. É de lá que vem a água para abastecer todo o país da Suíça.

Sem a neve não teríamos água. As montanhas na Suíça têm tanta beleza, seja no Verão, seja no Inverno. Temos sempre montanhas cobertas com o manto branco da rainha neve.

Mas as montanhas brilham com aquela brancura pontilhada por flores coloridas que nascem na Primavera.

Vezes sem conta que eu já subi às montanhas para apreciar a brancura da neve debaixo de sol brilhante. Tão branca, tão branca que até fere os olhos se não usar óculos de sol. Já fotografei de perto os Pirinéus da Suíça e toda a sua beleza.

Este é um dos mais belos mistérios da natureza que me fascina por completo, sabendo que posso apreciar aquele fenómeno durante doto o ano, incluindo no Verão.

Que a mãe natureza nunca deixe partir a neve das montanhas porque sem a neve não teríamos água nem teríamos aquela brancura alva para lembrar que a vida também é pura!

 

Rosa Pereira 8.04.2022 GE

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