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AGRESSÃO POR MEIO DE UMA ARMA PERIGOSA





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3 minutos de leitura

O dia para o despejo chegou. Marta, de 55 anos, apicultora na terra dos Abelhudos, havia sido notificada para o despejo que iria acontecer naquele dia.

Não estava lá muito conformada com a decisão que havia sido imposta pelo procedimento especial de despejo, devido ao facto de ter as rendas em atraso. Mesmo assim foi executado o meio processual que se destinou a efectivar a cessação do arrendamento.

Marta não tinha para onde ir e muito menos levar consigo toda a família de abelhas que foi criando ao longo dos anos.

Naquela manhã de data marcada para o despejo por falta de pagamento das rendas, o céu estava cinzento e Marta teve uma ideia.

Queres saber qual foi a ideia da Marta?

Já vais saber.

Decidiu transportar meia dúzia de colmeias para a sua residência que iria ser alvo de despejo. Inicialmente a sua ideia chamar a atenção de todos que aquela população de abelhas corria o risco de ficar sem a sua tratadora. Por esse facto colocou as colmeias em cima da carrinha de caixa aberta e deslocou-se para a frente da sua casa.

Já não bastavam os incêndios que haviam consumido áreas enormes de floresta, bem como haviam desaparecido as flores. As flores que eram fundamentais para a produção de mel. A urze estava queimada, o rosmaninho praticamente havia desaparecido e as flores do campo estavam secas e por isso haviam perdido o pólen. Por outro lado, as alterações do clima não vinham ajudar, só deixavam as abelhas mais baralhadas. Naquele ano as abelhas andavam desorientadas e para minimizar os estragos, a apicultora Marta havia disponibilizado às abelhas um xarope de açúcar, que de certa forma, pretendia substituir o pólen das flores que havia sido destruído.

O sol teimava em não aparecer e a Marta já havia disposto as suas colmeias na frente da sua casa. As abelhas estavam furiosas e pressentiam que algo não estava bem. Era como se sentissem que também elas estavam a ser despejadas da sua própria casa.

Entretanto ouviu os carros das forças policiais para assegurarem a acção de despejo. Rapidamente vestiu o fato branco de apicultor que quase a transformou numa astronauta.

Nem imaginas o que aconteceu a seguir.

Fica comigo e logo descobrirás.

À medida que os polícias avançavam na direcção da casa, acompanhados do proprietário, o coração de Marta disparava a toda a velocidade.

E agora? O que vou fazer?

As abelhas zuniam furiosas dentro das colmeias e lutavam para sair de lá.

Foi aí que a apicultora teve uma ideia.

Descobre a ideia de Marta.

Levantou uma das colmeias e apontou-as aos invasores, tal como se tratasse de uma arma perigosa.

- Se derem mais um passo, liberto as abelhas.

Eles não levavam qualquer protecção contra abelhas e elas produziam um barulho altíssimo, próximo do ensurdecedor.

Eles prosseguiram a caminhada decididos a executar a expulsão.

Marta libertou as abelhas da primeira colmeia, depois de outra e outra. As abelhas voaram diretamente na direcção dos invasores, tal como se tivessem percebido quem estava a causar todo aquele tumulto.

Os invasores foram picados no rosto, no pescoço e nos braços sem piedade. Fugiram a sete pés daquele local de sofrimento.

Marta ainda conservava mais três colmeias fechadas com abelhas furiosas.

Mais tarde, os polícias e o senhorio voltaram equipados a rigor, com o fato de apicultor, para enfrentar as abelhas. Marta não teve como se defender e as abelhas já não eram arma perigosa porque todos eles tinham fato de apicultor.

Marta foi detida, declarou-se inocente e as abelhas fugiram em liberdade.

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Joao Pires
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