Chumbada Moção de Censura do Chega ao Governo de Luís Montenegro
Lisboa, 21 de fevereiro de 2025 – O Parlamento Português rejeitou, na passada sexta-feira, a moção de censura apresentada pelo partido Chega ao Governo de Luís Montenegro.
A votação, que teve lugar durante a sessão plenária, resultou na aprovação da moção apenas pelos membros do Chega e por um deputado não inscrito, refletindo o descontentamento generalizado dos demais partidos em relação à iniciativa daquela formação política.
A moção foi apresentada como uma resposta às alegadas falhas do executivo, que dirige o país desde junho de 2024. Em declaração após a votação, o líder do Chega, André Ventura, acusou o Governo de “desviar atenções” e de não responder adequadamente a questões críticas que afetam a sociedade portuguesa.
Luís Montenegro, na sua defesa, criticou a estratégia do Chega, referindo que o partido estava apenas a tentar capitalizar sobre a insatisfação social sem oferecer soluções concretas. O Primeiro-Ministro utilizou a sua intervenção para sublinhar os avanços já feitos pelo seu Governo e reiterou o seu compromisso com a transparência e a eficácia na gestão pública.
A moção foi chumbada com os votos contra dos partidos PSD, PS, IL, CDS-PP, Livre, PAN e Bloco de Esquerda, enquanto o PCP decidiu abster-se. Esta votação marcou o primeiro grande teste ao executivo de Montenegro, que poderá agora focar-se em avançar com a sua agenda governativa, numa altura em que o país enfrenta desafios económicos e sociais significativos.
Com a derrota da moção de censura do Chega, o Governo de Luís Montenegro assegura uma votação de confiança que o permitirá continuar a implementar as suas políticas. Contudo, a oposição mantém-se atenta e prometeu continuar a questionar a sua atuação nos próximos meses.
A discussão em torno desta moção de censura evidencia a polarização política em Portugal, onde as tensões entre os partidos estão em alta, refletindo um ambiente tempestuoso no panorama político nacional. A oposição já anunciou que não desistirá de fiscalizar as ações do Governo e que novas iniciativas poderão surgir no futuro.