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Os deputados europeus do Bloco de Esquerda, Marisa Matias e José Gusmão, dirigiram hoje uma pergunta à Comissão Europeia sobre a central nuclear de Almaraz, na sequência dos incidentes registados nos reactores I e II durante o mês de Junho.
Para Marisa Matias e José Gusmão “a central nuclear de Almaraz continua a ser protagonista de diversas notícias e relatórios que denunciam a falhas graves de segurança, constituindo uma ameaça ambiental e de saúde pública para o Estado Espanhol e para Portugal”.
O prazo de vida da central terminou há 10 anos e apesar de estar completamente obsoleta, foi autorizada a continuar a funcionar por mais 10 anos, e agora até 2028. Há muito que os especialista avisam que mesmo que sejam feitos investimentos, os riscos são demasiado elevados, e que a manutenção em funcionamento da central nuclear é uma bomba-relógio para todas as populações.
No mandato anterior, Marisa Matias questionou diversas vezes a Comissão Europeia sobre esta matéria, tendo a mesmo optado sempre por se refugiar na desculpa, sempre apresentada pelo então Comissário espanhol; Miguel Árias Cañete, que o Estado Espanhol ainda não tinha transposto a Directiva de Segurança Nuclear. “Agora não pode haver desculpas”, disse Marisa Matias, “o prazo para a transposição terminou em 2017. Está na altura de retirar conclusões e de proteger o ambiente e as populações. Este é o tipo de acidentes que não conhece fronteiras.”
Os deputados do Bloco de Esquerda perguntam à Comissão Europeia como justifica o não cumprimento dos padrões da Directiva de Segurança Nuclear; que medidas tem tomado, e continuará a tomar, para assegurar que o Estado Espanhol cumpre as disposições comunitárias; e se irá a Comissão pressionar o Estado Espanhol a encerrar a central nuclear de Almaraz.