A Iniciativa Liberal Benelux criticou hoje a nomeação de Paulo Cafôfo



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A Iniciativa Liberal Benelux criticou hoje a nomeação de Paulo Cafôfo para Secretário de Estado das Comunidades. Segundo este núcleo da IL, o novo Secretário de Estado não tem qualquer experiência, conhecimento ou pensamento conhecido sobre a situação das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Em comunicado de imprensa, a IL Benelux afirma que, para resolver os problemas que as comunidades enfrentam, é preciso suficiente experiência, conhecimento e pensamento estruturado. O comunicado frisa também que os problemas que os problemas são estruturais, e não se resolvem com palavras simpáticas, iniciativas avulsas, ou medidas paliativas.

“Os emigrantes portugueses enfrentam burocracias indiscritíveis nas embaixadas e nos consultados, e não sentem qualquer interesse do Estado Português em manter uma ligação com essas comunidades”, disse Manuel Baptista, coordenador da Iniciativa Liberal Benelux. “Depois de vários problemas ao longo de sucessivas eleições legislativas, acabámos de ver uma eleição repetida no círculo da Europa. Mas isso é apenas um sintoma do grande problema sentido pelas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo: o desinteresse. Há campanhas durante o período eleitoral, mas quando as campanhas acabam, acaba o interesse”, afirmou Manuel Baptista.

A Iniciativa Liberal Benelux defende que o Secretário de Estado das Comunidades deve dedicar atenção imediata aos seguintes temas:

  • Promover um acompanhamento contínuo e uma efetiva auscultação das comunidades portuguesas, no sentido de conhecer de forma rigorosa os seus problemas, em especial através das associações que as representam e do Conselho das Comunidades Portuguesas;
  • Promover melhorias no processo eleitoral aplicável aos emigrantes, no sentido de prevenir a ocorrência de situações como a que marcou as eleições legislativas deste ano;
  • Promover melhorias administrativas nos serviços consulares e nas embaixadas, melhorando em especial a sua componente digital;
  • Promover mais eventos de intercâmbio cultural e comercial, em articulação com as comunidades e as suas associações representativas;
  • Promover a prestação de serviços úteis às populações portuguesas no estrangeiro, como, entre outros: formações sobre os países; apoio jurídico (ainda que básico): ou a elaboração de listas de serviços prestados em português, nos países estrangeiros, para quem deles necessite.

A Iniciativa Liberal Benelux considera ainda que as comunidades portuguesas no estrangeiro são ativo importante para o país, que não deve ser descurado. “Não somos menos portugueses por não vivermos em Portugal. Embora vivamos no estrangeiro, não esquecemos o nosso país. Importa que o Estado Português não se esqueça de nós, quando temos tanto para oferecer”, conclui Manuel Baptista.




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