EVOCAÇÃO DO CONDE DA BARCA RECORDOU EMPREENDEDORISMO



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Apesar dos aguaceiros, o programa de evocação do Conde da Barca no passado Sábado, 15 do corrente, organizado pelo Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, cumpriu-se! Para além de membros da instituição, outros participaram, como as autarquias de Ponte da Barca, com o seu Presidente Augusto Marinho, o de Ponte de Lima, com o vereador do Desporto e Obras Particulares, Vasco Ferrás e seu colega Presidente da Assembleia Municipal, João Mimoso de Morais; o da Real Associação de Viana do Castelo, José Aníbal Marinho (e a Vice Mariana Sant´Ana); o da Assembleia de Freguesia de Arca e Ponte de Lima, António Sousa; o deputado na Assembleia da República e Presidente da comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas Eduardo Teixeira; o jornalista do Comité Económico e Social em Bruxelas, António Fernandes; o Director de património da Universidade Fernando Pessoa e do Hospital – Escola em Gondomar, Fernando Fernandes, Directora Arquivo Municipal Ponte de Lima, e descendentes do homenageado.

O programa iniciou-se em Ponte de Lima, com uma visita à casa da sobrinha – neta do grande diplomata (Áustria, França, Holanda e Rússia), Ministro (Marinha e Ultramar e Negócios Estrangeiros e da Guerra) e Primeiro – Ministro de D. João VI no Brasil, Marquesa Margarida de Araújo e Azevedo casada que foi com o jurista José Mimoso Barros Alpuim (1834 – 1909), frente à capela das Pereiras, ou Largo Delfim Guimarães.

Como primeiro prelector na Lembrança do estadista, o signatário proferiu um esboço biográfico do Conde da Barca, designadamente a sua intervenção local. Referimo-nos, quando, aos 24 anos o fidalgo assumiu a direcção da célebre Sociedade Económica dos Amigos e Compatriotas do Bem Público (1779 – 1786), proporcionou a distribuição de baldios e maninhos a agricultores pobres do concelho, e a instalação de fábrica de fiação e tecelagem, iniciativa que viria a reintroduzir vinte anos mais tarde na quinta da Prova em Ponte da Barca, berço de sua mãe. O genealogista Guilherme Vasconcelos, de Arcos de Valdevez, completou o historial de empreendimentos naquele concelho e no de sua residência, cum uma fábrica de cerveja e sistemas agrícolas avançados á época!

Já no seu local de nascimento ocorrido a 14 de Maio de 1754, a Casa Grande de Sá (ou da Lage), na freguesia do mesmo nome, o neto da proprietária, Miguel Aires de Campos, residente em Londres onde cursou mestrado em História de Arte Medieval e antes licenciatura em Oxford, deu as boas vindas e ciceroniou as dezenas de visitantes pelos salões do solar. O destaque foi para o retrato a óleo do Conde da Barca, da autoria do italiano Domenico Pellegrini, pintado cerca de 1803, e pratos de sobremesa da Companhia das Índias, armoriados, do Conde da Barca, fabrico do período Jiaqing (1796 – 1820). A cerimónia encerrou com uma degustação de Loureiros da Cooperativa local e da Casa da Cuca, Moreira de Lima, e doces e salgados, tema de uma próxima crónica por falta de espaço hoje.

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Tito Morais
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