Cinquentenário do 25 de abril na câmara de saint gilles bruxelas



As comemorações do cinquentenário da Revolução dos Cravos tiveram um grande eco na cidade de Bruxelas, pois elas prolongaram-se por quase todo o mês de Abril, e todas elas com um alto significado e com um grande empenho não só das autoridades belgas e portuguesas, mas também com a sensibilidade e emoção daqueles que nelas participaram, onde se viu gente nova e de mais idade.

No próprio dia 25 de Abril, numa tarde cinzenta e morna, como já é habitual nesta cidade de Bruxelas, o Presidente da Câmara da Comuna mítica de Saint Gilles e o Embaixador de Portugal quiseram acolher esta nobre comunidade portuguesa que é notória em quase todo o seu território, com os seus cafés, restaurantes, mercearias e outros locais de recreio e de actividade.

A grande e bela sala dos casamentos deste sumptuoso edifício Arte Nova, que é a Câmara, encheu-se completamente.

E foi um prazer constatar que os rostos da emigração já não são os mesmos que eu descrevi há alguns anos num livro que tem o mesmo nome, publicado em francês e, posteriormente, em português.

Vi caras jovens que vão enriquecer este país que nada pagou para a sua formação. Encontramo-los nos domínios da finança, do lobbyng, das artes, da música, da investigação, da moda. Nota-se que Portugal deu um salto qualitativo que se repercute na geração que vive fora do nosso país. É esta geração que a Bélgica quer acolher e estimular para que aqui permaneçam.

Foi de notar a presença de um jovem candidato luso-belga ao Parlamento Federal belga da Região de Bruxelas, Pedro Rupio, que residiu durante longos anos nesta Comuna e que é sobejamente conhecido junto da comunidade portuguesa. Até que enfim um português se lança na política!

Como os eventos comemorativos do cinquentenário do 25 de Abril não podiam acontecer no mesmo dia, a Associação José Afonso de Bruxelas em colaboração com o Leitorado do Instituto Camões da Universidade Livre de Bruxelas quis também comemorar o 25 de Abril, três dias antes desta data, sob o tema “resistência contada e cantada.” Houve músicas de intervenção asseguradas pelo conjunto, “A Alma e o Vento” animado pela clarinetista portuguesa, Ashley Marques. Houve poesias de Manuel Alegre, Zé Mário Branco, Zeca Afonso, Correia de Oliveira e outros, recitadas pelos alunos estrangeiros que aprendem português com a Professora Ana Corga.

As grandes animadoras deste evento foram a Presidente da AJA Bruxelas, Maria José Caldas, antiga investigadora junto desta prestigiada Universidade, que eu também tive a honra de frequentar, e a Professora Ana Corga.

Sentimo-nos muito honrados com a presença do Embaixador de Portugal que tem marcado presença em todas as comemorações e do Decano da Faculdade de Letra desta Universidade, Thomas Berns.

Estas manifestações são a prova de que a nossa comunidade portuguesa aqui estabelecida é cada vez mais visível, o que muito nos honra a todos.

Saint Gilles - Fotos Tony da Silva

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