As coisas mais importantes não podem ser vistas com os olhos, pois não?



“O que vês em ti?” é o título do livro que apresentei recentemente aos meus educandos. Tenho plena consciência de que é necessário trabalhar cada vez mais os valores em contexto escolar.

 Escolher um livro, não somente pelo prazer de o ler e ser escutado, mas essencialmente, um livro que faça refletir, sentir e que acrescente algo de belo, verdadeiro e extraordinário nas crianças. Estes são os principais objetivos, a par do estímulo para a leitura e o gosto pelos livros.

Foi um momento mágico, confesso. Não me limitei a ler o texto de Kobi Yamada, autor bestseller do The New York Times, criador de livros inspiradores como este e de mostrar as lindas ilustrações de Elise Hurst. À medida que lia conversava com as crianças, convidava-as a pensar, a refletir, a dialogar comigo, com o texto e com as ilustrações.

Esta história convida o leitor a prestar mais atenção ao que nos rodeia, às pessoas e a olharmos para dentro de nós. Há muitas formas de ver, não apenas o que é visível aos nossos olhos, mas essencialmente ver com o coração, aumentando assim a nossa compaixão. Quando olhamos com o coração compreendemos e sentimos melhor os outros, quando investimos o nosso tempo para observar verdadeiramente a beleza e a magia à nossa volta começamos a compreender o potencial de cada um de nós. Não vemos somente a aparência das pessoas e das coisas, há um olhar que transcende, um olhar que vai para além das aparências.

Ao sermos curiosos e interessados estamos a descobrir-nos e a descobrir o mundo, a expandir a nossa visão. “O maravilhoso está em todo o lado e em tudo. À espera de que o vejamos. À espera de que o valorizemos. À espera que o amemos”

“Estava envolta num sentimento de calma e contemplação. Era emocionante e maravilhoso. Sentei-me ali, de olhos fechados, a imaginar as pessoas, os lugares e as coisas que são importantes na minha vida”.

Convidei os meus educandos a fecharem os olhos, tal como a menina da história também eles imaginaram. 

As coisas mais importantes não podem ser vistas com os olhos, pois não?

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